Por que eu devo guardar o sexo para o casamento?

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Estava no sofá conversando no meu laptop através de mensagens instantâneas com um rapaz que eu gostava. A conversa estava indo bem até que ele perguntou:

Você transou muito na faculdade?

Não, eu escrevi. Nunca.

Fiquei olhando para a tela do meu laptop esperando ansiosamente a sua resposta.

Finalmente, ele escreveu:

Então você é…

Uma virgem? Sim – um fato que surpreende o tipo de adulto que não pratica a castidade, porque nós namoramos em uma cultura em que 97 por cento dos homens e 98 por cento das mulheres com idades entre 25-44 já tiveram relações sexuais. O resto da conversa foi o que quase sempre surge quando o tema do sexo entra numa conversa comigo.

Se “todo mundo faz isso”, por que nós não deveríamos?

Eu vou te dizer:

A resistência à abstinência sexual no namoro é frequentemente sustentada pela crença de que devemos ter relações sexuais antes do casamento porque, da mesma forma, nós não compraríamos um carro sem antes fazer um test drive. E nós realmente devemos fazer o test drive porque um carro é um objeto; é um meio para um fim. Precisamos saber antes de nos comprometermos com um carro de que ele vai servir ao seu propósito, e que vai valer a pena o nosso investimento.

Mas as pessoas não são carros.

Nós não somos nem objetos nem meios para um fim. Nós temos um valor infinito porque nós existimos, e nada pode mudar isso. Se alguém te está pressionando a fazer um test drive para te namorar e assim conferir se você vale a pena antes de se comprometer, ele está te mostrando que o interesse dele é só em sexo. Mas no casamento nós somos chamados, como católicos, a espelhar o “amor absoluto e infalível” de Deus. E quando o amor é absoluto, o amado não precisa provar o quanto ele ou ela vale a pena.

Tenho ouvido muitas pessoas dizerem que querem saber antes do casamento se eles são sexualmente compatíveis com o(a) companheiro(a), porque descobrir que não são compatíveis poderia “arruinar” a noite de núpcias. Mas o interesse – ao contrário do que se popularmente acredita – não é, na verdade, por compatibilidade. Se fosse, a compatibilidade teria de ser estática. Qualquer conselho em como melhorar o sexo seria controverso. Mas a compatibilidade sexual não é estática. A compatibilidade pode ser alcançada. O que se procura realmente então é a compatibilidade sexual sem qualquer esforço – compatibilidade que não requer prática, nem paciência, nem comunicação. Porém o sexo que requer prática, paciência e comunicação não é ruim; ele é, ao mesmo tempo, o que pede e o que fortifica a união e o trabalho em equipe, e isso é saudável em todas as facetas de um casamento.

Outros que propõe o sexo antes do casamento o incentivam porque, na opinião deles, é importante descobrir o que você gosta no sexo antes de se comprometer a fazer sexo com uma pessoa até a morte, e verificar como vai ser o sexo com ele ou ela. Mas o prazer é um subproduto do sexo, não um fim.

Como católicos, acreditamos que o propósito do sexo é duplo: o de unidade e o de procriação. Não devemos ter relações unicamente porque o sexo é prazeroso; mas devemos sim criar uma relação sexual prazerosa com nosso cônjuge depois de nos unir com ele ou ela no casamento.

Por outro lado, há ainda os que argumentam que o sexo é importante porque “é o que fazem as pessoas que se amam.” Mas a castidade é para os amantes. Na verdade, disse St. John Paul II, “só o homem casto e da mulher casta são capazes do verdadeiro amor.” A castidade, o que não é a abstinência mas que a exige fora do casamento, é a virtude que integra a sexualidade com o resto da nossa vida. Então, quando nós praticamos a castidade, nós não desconsideramos a importância do sexo nos relacionamentos mas tampouco o reverenciamos como o mais importante. Nós decidimos governar nossos apetites em vez de ser governado por eles – uma prática que nos liberta para escolher candidatos para o casamento por motivos mais substanciais do que “bom sexo”, e que, por sua vez, nos liberta para cumprir o chamado de amor absoluto.

E por isso, absolutamente vale a pena esperar!

Por Arleen Spenceley

FonteCatholic Match

Tradução: Tathiane Locatelli
Twitter @tathilocatelli

 


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