Elon Musk e sua curiosa relação com a Verdade

0 Comentário
42 Visualizações

Há uma espécie de lugar-comum, bastante divertido por sinal, instituído nesses nossos tempos de confusão generalizada das massas. É que o Sr. Elon Musk de vez em quando diga algo em público, e em seguida se forme uma polêmica em torno do dito – mais pela proeminência do personagem do que por qualquer outra coisa – e uma vez examinado o teor do discurso se constate se tratar de uma enorme obviedade, dita, explicada, e repetida milhares de vezes todos os dias pelas vozes mais sensatas de nossa geração. A polêmica se explica pelo fato do Sr. Musk ter grande sucesso material, como uma espécie de Silvio Santos, ou “véio da Havan” americano, e contar ainda com uma aura de inventor genial de traquitanas; os brasileiros vêem os satélites Starklink de Musk no céu e dizem, como já é de costume: “agora a NASA vem”. Aqueles para quem essas credenciais de Musk parecem sugerir autoridade são aqueles indivíduos que, tendo sido bombardeados por décadas pela influência nefasta da televisão, pela dispersão sórdida e indigente de tudo quanto é comum na internet, e embotados pela violência contínua do discurso “mainstream” em todas as suas formas (ambientalismo, “multiculturalismo”, “diversitarianismo”, etc.) sentem ainda alguma necessidade de que as palavras ditas tenham alguma relação com a realidade. De fato, ouvir o Sr. Musk ao invés do que se diz de ordinário na televisão ou na internet “oficial” é uma evolução intelectual considerável. Mas do outro lado da polêmica estão aqueles que, sabemos, jamais abandonarão seu despeito – e não raro ódio – pela realidade: aqueles que abraçam em exultação tudo aquilo que acabamos de deplorar.

Em nenhum caso seria mais fácil provar o deslocamento entre a opinião daqueles que se revoltam contra as obviedades de Musk e a realidade: o Sr. Musk acaba de afirmar que a Singapura, e muitos outros países, estão a caminho da extinção, pela baixa taxa de fertilidade da população. Todos que frequentaram o ensino básico sabem que a taxa de reposição da população é de 2,1. Singapura está registrando 0,97. O “e muitos outros países” também está bem justificado: na lista online da CIA (cia.gov), que conta 227 países, apenas 95 marcam mais de 2,1. O nosso Brasil registra neste ano 1,74, o que representa também franco envelhecimento da população. Seria por demais longo elaborar todas as consequências disso, mas a questão previdenciária e econômica deveria bastar para os mais materialistas. É impossível prosseguir com quase todos os arranjos econômicos e tecnológicos de hoje com essas taxas. Algumas projeções dizem que em 2030 um quarto da população de Singapura terá mais de 65 anos; para se ter uma idéia, o Brasil ainda não tem nem 10%, e já enfrenta problemas previdenciários e de mão-de-obra. Esses poucos indicadores dão uma imagem geral do problema que, depois da inflação mundial causada pela insânia em torno do COVID-19 mostra uma feição ainda mais perniciosa: haverá crise do trabalho, crise industrial, crise em tudo o que exija gente jovem e produtiva, ou seja, em quase todos os aspectos sociais da vida ocidental. Vitimizará sem dúvida a classe média e as baixas, que vivem à mercê da economia moderna flutuante, e os mais resguardados contra isso são sem dúvida os grandes “metacapitalistas”, que não por coincidência planejaram isso tudo com décadas de antecedência, encomendando a pílula anticoncepcional, promovendo o aborto, e tantos outros crimes contra a humanidade documentados em outros artigos em nosso site. Se não é óbvio para todos que o planejado de ontem está hoje acontecendo, deveria ao menos ser óbvio que, continuando as coisas como estão, os bilionários planejadores da sociedade se sairão como sempre com alguma vantagem, enquanto todo o resto da população sofrerá amargamente.


ABSURDO! Um simples Órgão Público determina norma de aborto no Brasil

Às vésperas do nascimento do menino Deus, em período de...

CONANDA aprova resolução que permite aborto em meninas de até 14 anos

Com 15 votos favoráveis contra 13 contrários, o CONANDA (Conselho...

Deixe seu comentário