O CRESCIMENTO DO VEGANISMO E SUA INFLUÊNCIA SOBRE NOSSAS VIDAS
O CRESCIMENTO DO VEGANISMO E SUA INFLUÊNCIA SOBRE NOSSAS VIDAS
Dificilmente se encontrará na história humana, alguém que tenha alguma opinião contrária às criaturas que desde o início do mundo acompanham o homem como seus companheiros de jornada. Os animais, principalmente os domésticos, se tornaram parte da história de muitos, especialmente durante a infância. Contudo, vem crescendo nestes tempos uma agenda que pretende exacerbar a dignidade dos animais e não somente colocá-las no mesmo patamar da vida humana, mas acima desta.
Durante as vésperas deste natal, se multiplicaram nas grandes cidades, propagandas em lugares públicos – especialmente em pontos de ônibus – pela empatia aos animais, usando os meios de marketing mais impactantes para chamar a atenção à uma certa “dignidade” dos bichos, cuja carne fazem parte da ceia de muitas pessoas. Numa das divulgações, é possível ver uma imagem de um porco com uma frase: “o que estou pensando?”, como se este animal fosse capaz de inteligir no mesmo nível que os seres humanos. As redes sociais também se tornaram meio de disseminação de charges e figuras que tentam colocar os homens no lugar dos animais para o abate.
Navegando pela internet nestes dias, numa destas postagens, decidi ir aos comentários para aferir a temperatura das opiniões, e pude perceber que a maioria dos defensores dos animais, também conhecidos como veganos, defendem de forma unânime que a raça humana é a causa de sofrimento dos animais e por este motivo deve ser extinta, caso não “evoluam” a ponto de deixarem de comer carne e passar para a dieta exclusiva de frutas e verduras. Embora muitos pensem que tais opiniões fiquem limitadas a comentários nas redes sociais, é possível perceber que esta agenda está ganhando espaço em nosso quotidiano com muita força e logo definirão as decisões da maioria.
A agenda dos veganos, é parte significativa do movimento pela ecologia. Este último, sempre considerou o homem com um verdadeiro “câncer” e causa das piores catástrofes que se vivem nestes tempos. Em nome da preservação da natureza e do equilíbrio das relações entre homens e animais, se propõe as agendas do aborto, da contracepção e do gayzismo, como pseudo-direitos, para promover o controle populacional e preservar as espécies do mundo em iminente destruição.
Esta agenda, vem se aproveitando ainda de um sentimentalismo que se está criando, e que em outros tempos seriam considerados absurdos, como o fenômeno das “mães” ou “pais” de pet, que concebem os animais não mais como criaturas para servir e alegrar os homens, mas como seres passíveis de direitos equivalente ao dos seres humanos.
O cúmulo do absurdo é ver como crescem a cada dia nos estabelecimentos conhecidos como “pet shop”, o comércio de carrinhos de bebê para cachorros, mamadeiras para filhotes, roupas equivalentes às humanas para os pets, alimentos sofisticados que nunca chegariam às mesas de pessoas pobres, produzidas para servirem animais domésticos. Alguns até mesmo chegam ao absurdo de acreditar na existência um “céu” animal!
Não bastasse isso, no sistema jurídico se insere cada vez mais, normas legais que geram direitos absurdos para estas criaturas, com por exemplo, a proposição de um projeto de lei para garantir pensão alimentícia para os pets em caso de divórcio, a criação do termo “filho bichológico” e a nomeação para o cargo de diretoria atribuída a um cãozinho num determinado conselho de classe profissional.
Quantos não abominam uma família numerosa e preferem ter cachorros ao invés de gerar filhos, atribuindo a si uma consciência pelo “bem” da humanidade e do mundo? Fica claro que esta agenda também vem aliada ao egoísmo das pessoas que consideram um trabalho excessivo criar filhos e isto é um fato incontestável, pois para a mentalidade utilitarista moderna, um cãozinho que não reclama, não desobedece, aceita comer o que se oferece, sempre responde com afetos positivos e não tem os desafios inerentes ao desenvolvimento humano, é mais fácil de se lidar e pode facilmente ocupar espaço no coração de um casal, como se um filho fosse.
É óbvio que a criação merece respeito e de fato existem maus tratos e absurdos cometidos contra os animais, bem como a exploração indiscriminada dos bens naturais por interesses espúrios e egoístas, capitaneada por parte de uma elite global, geralmente, a mesma que patrocina estas agendas absurdas, mas passar disso, para uma agenda que proclama ódio ao ser humano, só pode ter como resultado, uma abominação inominável.
A insanidade já chegou ao ponto de em muitos países, se restringir a produção de alimentos ou obrigar a substituição da carne por produtos artificiais que imitariam o sabor do churrasco, para eliminar tanto a devastação da natureza, quanto o sofrimento animal.
É certo que o único meio de se libertar desta agenda bizarra é colocar animais e seres humanos nos seus respectivos lugares, isso só se faz por uma análise da própria inteligência humana, que seja capaz de reconhecer que sua dignidade é superior aos bichos, mas enquanto se nivelarem pela inteligência animal, quem vai parar essa sanha absurda até chegar ao endeusamento dos pets?
Juliano Antonio Padilha – Coordenador do Núcleo de Estudo e Formação da Casa Pró Vida Mãe Imaculada