QUEM TEM DINHEIRO, DEFINE QUEM PENSA E O QUE SE PENSA
QUEM TEM DINHEIRO, DEFINE QUEM PENSA E O QUE SE PENSA
Recentemente, a notícia da compra da plataforma Twiiter pelo homem mais rico do mundo, Elon Musk, tomava as colunas dos jornais. Alguns viam o fato como um avanço, dada a posição mais liberal do magnata em permitir maior liberdade de expressão, e outros, criticavam a aquisição da rede social, por crer que publicações e perfis politicamente incorretos, pudessem agora expor com mais facilidade ofensas e “notícias falsas” sem controle. O que ninguém parou para refletir é que independente de gostar ou não, quem estabelece as regras na sociedade no fim, é quem tem dinheiro!
Até a Revolução Francesa, a obediência era hierárquica, estabelecida pelos títulos de nobreza em questões temporais e pela igreja nas espirituais. A ascenção da classe burguesa e seu fortalecimento econômico, colocava os proprietários dos meios de produção em condições melhores que a do monarca e este muitas vezes, vendo-se endividado, acabava por pedir socorro aos homens do dinheiro ou pelo contrário, em aumentar impostos, sobrecarregando a sociedade em geral. Essa questão, alinhada a outros fatores, provocou o estopim da Revolução Francesa, com o Terceiro Estado (burgueses e população em geral) organizando um verdadeiro levante contra o poder até então estabelecido. Procurou-se desta forma resgatar a Democracia, presente na Antiga Grécia, no entanto, o auge desta revolução foi uma verdadeira carnificina.
A Revolução Industrial veio garantir níveis de produção jamais vistos no mundo. Aquilo que cada um produzia individualmente, num grande intervalo de tempo, vai sendo substituído no século XIX – graças à invenção da máquina a vapor – pela produção de uma infinidade de produtos sob um tempo menor, o que gerava por consequência, preços menores. Maior número de bens, significavam rendas maiores. A descoberta de novas fontes de energia e o seu uso, também possibilitaram a criação de novas cadeias produtivas o que faz emergir os nomes de grandes magnatas como Johh Rockefeller na extração do petróleo, Andrew Carnegie na siderurgia e depois Henry Ford na produção dos primeiros veículos à combustão.
Estes homens perceberam que sua fortuna, era capaz de gerar transformações na sociedade com o investimento em áreas onde os governos não chegavam. Assim iniciou-se o trabalho filantrópico, buscando suprir as lacunas deixadas pelas políticas públicas. Ao longo dos anos, já era possível mudar até mesmo o comportamento social, especialmente pela aplicação de recursos na educação, seja diretamente ou indiretamente através de bolsas de estudos. Assim, quando os magnatas percebiam que poderiam investir seus recursos em algum objetivo maior, que pudesse até provocar mudanças sociais, assim o faziam.
O neto de John Rockfeller, percebeu isso imediatamente e considerou que o maior problema social de sua época era a explosão demográfica. Conseguiu com seu prestígio e dinheiro, liderar uma elite focada no objetivo de promover o controle populacional, antes dispersa entre grupos antagônicos e desalinhados, que ainda preocupados com a questão populacional, viam o tema a partir de uma perspectiva bastante diversa. Estes grupos eram os eugenistas, os quais focavam na esterilização e controle de raças supostamente inferiores em detrimento do incentivo às superiores; os alarmistas, que viam a necessidade premente de ações coercitivas para reduzir a população, para evitar uma catástrofe mundial e os fautores do controle de natalidade, que pretendiam garantir às mulheres, pela legislação, os meios para controlar sua reprodução.
Nenhum dos 26 especialistas de diversas concepções reunidos na primeira reunião do Conselho Populacional organizado por Rockefeller em 1952 imaginaria o alcance daquele primeiro passo que se daria. Logo, vieram a se juntar a este objetivo a Fundação Ford, conhecida até hoje como a maior dispensadora de recursos em questões populacionais, e depois, o governo americano, que graças ao lobby de Rockefeller, se tornou o maior investidor do controle populacional mundial através da USAID e por fim, até a ONU, criou um departamento especializado nesse problema na década de 1970, o Fundo para Atividades Populacionais da ONU (FNUAP).
Em 1974, 4 anos antes de morrer, Rockefeller deixou ainda um legado ao mudar sua estratégia, aconselhado por diversas feministas reunidas na Conferência de Bucareste, passando a direcionar sob sua liderança, a distribuição de recursos em educação sexual; estabelecimento e reestruturação de ONGs feministas e pró-gay e o ab0rt0. De acordo com essa nova concepção, não seria possível garantir a redução populacional sem recorrer ao ab0rt0 e às mudanças no comportamento sexual, estabelecendo-o como um “direito” a ser respeitado e não como um tabu imposto por regras antiquadas.
Nos anos 1990, embora já morto há pouco mais de uma década, o trabalho que Rockefeller encabeçou ganhou força com o surgimento dos chamados direitos sexuais e reprodutivos nos documentos da ONU, nas plataformas de ação das conferências do Cairo 1994 e Pequim 1996, e nos programas políticos de inúmeras nações. Este termo foi desenvolvido pela Fundação Ford, significando que a saúde sexual só existe quando as pessoas puderem decidir livremente e com todos os meios, quantos filhos ter, o que inclui o acesso ao ab0rt0 como necessário; o sexo com vários parceiros, com quem e do jeito que quiser e a instrução compulsória acerca de reprodução.
Na atualidade, essa gama de investimentos já foi responsável, por exemplo, pela legalização do ab0rt0 na Argentina, na Colômbia e se tenta no Brasil, a todo custo, gerar através da ampliação dos casos permitidos em lei, a flexibilização do ab0rt0. Os grandes investimentos na era da comunicação se dão especialmente nas chamadas “Big Techs”. Os detentores destas empresas investem pesado, inclusive garantindo aos seus colaboradores, uma “bolsa” para realização do aborto se assim quiserem.
O único meio de sair desse consenso social criado por essas organizações é aquele trabalho desenvolvido pela Igreja ao longo dos séculos, ou seja, a primazia da verdade. Está só se faz por meio de um ensino que começa dentro da família, mas perguntamos, quantas famílias hoje estão dispostas a abdicar de rendas e das benesses apresentadas por estas, para criar seus filhos nessa verdade? Daqui em diante não se poderá mais falar em poder, se este não estiver relacionado ao dinheiro e à posse da informação. Os “donos da informação” sejam eles proprietários dos meios ou ditadores que determinam o fluxo da mesma, podem decidir pelas suas ideologias a conduta daqueles que ainda vivem na escravidão desta “Matrix” materialista. A Red Pill, está ao alcance de todos, porém, a maioria não está disposta a se sacrificar por esta causa.
Juliano Antonio Rodrigues Padilha – Economista, especialista em Finanças e Controladoria, e em Orçamento Público. Coordenador do Núcleo de Estudos e Formação da Casa Pró Vida Mãe Imaculada