Educação mista, modelo de ensino adequado para um cristão?

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Educação mista ou coeducação é um modelo de ensino onde meninos e meninas são educados juntos. Esse modelo é dominante no Brasil; foi na década de 70 que ganhou força, substituindo quase que totalmente as escolas não mistas ou single-sex (singulares).

            Ao contrário do que muitos pensam, esse modelo não surgiu de forma espontânea, fruto da evolução dos tempos e da mudança de mentalidade das pessoas. Ele surgiu para combater o ideal de educação defendido pela Igreja, de uma educação diferenciada para cada sexo. Lamentavelmente, muitas escolas católicas deixaram de lado o que a Igreja ensina e também adotaram o método de coeducação. Essas instituições deveriam estar alinhadas com o que a Igreja ensina; se não o fazem, tornam-se católicas apenas no nome.

            As bases doutrinárias contra esse método educacional se fundamentam nas palavras do Santo Padre Pio XI, que diz que Deus Nosso Senhor criou o homem e a mulher desiguais, para que se completassem perfeitamente por meio do matrimônio. A cada um dos sexos caberia um papel na vida familiar e social e, por isso, se faz necessário que a educação de meninos e meninas seja também desigual. Ainda segundo Pio XI, a igualdade niveladora na educação não desenvolve as potencialidades que cada sexo tem para ser trabalhado. Homem e mulher são destinados a completar-se mutuamente e um completa o outro justamente pela sua diversidade, a qual deve ser mantida e favorecida na formação educativa.

            Outra situação muito importante que está diretamente ligada à educação mista é o problema moral relacionado com a pureza e a castidade. Esse método promove a promiscuidade entre os sexos, visto que a convivência se torna constante e banalizada. Com a convivência frequente perde-se a mística e o encantamento em relação ao sexo oposto.

Os defensores da educação mista se fundamentam num naturalismo que nega o pecado original. Eles não acreditam que o convívio tão longo e próximo apresentaria risco para a castidade, através do contato sexual precoce e pré-matrimonial ou por uma pervertida prática antinatural. Passam por cima de todo e qualquer argumento moral, dando a impressão de que o ponto central da discussão é de nível exclusivamente intelectual e ou econômico. Se o problema é econômico, não se justifica o país gastar dinheiro com escolas para educar o povo e, ao mesmo tempo, transformar estas escolas em causas sistemáticas de ruínas morais para evitar que a despesa cresça, seria uma política educacional absolutamente louca.  (Legionários nº 555, de 28 de março de 1943, Dr. Plínio Corrêa de Oliveira).

Observando crianças que frequentam uma escola single-sex, comprova-se que elas têm melhor rendimento acadêmico em relação às que frequentam escolas mistas, pois:

a) As meninas e os meninos aprendem de forma diferente, possuem ritmos, interesses e modos diversos de captar o conteúdo transmitido na escola. Já existem estudos que tem encontrado diferenças cerebrais e de desenvolvimento que ajudam a explicar esta situação.

b) As meninas e os meninos interagem de modo diverso com a realidade.  Elas amadurecem antes do que eles, e existem diferenças comprovadas em relação a avaliação do risco, agressividade, resposta à pressão, relacionamento com a autoridade (disciplina), expectativa em relação ao professor, autoestima, amizade, sexualidade e drogas.

Dessa forma, ações educativas específicas para cada sexo podem ser mais eficazes. Pedagogicamente, a lógica do ensino singular é análoga à lógica da educação por grupos homogêneos de idade. A educação singular (single-sex) reconhece que a idade e o sexo são os dois grandes princípios de organização no desenvolvimento da criança e do adolescente.

 Só é contrário ao ensinamento tradicional da Igreja com relação ao método de ensino e quanto à inclinação do homem ao pecado quem insiste em não enxergar que a imoralidade sexual e o analfabetismo funcional que vemos nos dias atuais dentro das escolas chegaram ao intolerável.

            E como dizia o Sr. Dr. Plínio Corrêa de Oliveira: “posto o problema, a solução jorra espontânea, para todos os que possuem o propósito sério e firme de preservar as tradições cristãs católicas da família e da civilização brasileiras. Não é preciso saber sociologia, nem pedagogia, para acertar com a solução. Basta o bom senso”.

Texto: Núcleo de Estudo e Formação – Casa Pró-Vida Pró-Vida Mãe Imaculada


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