OS EFEITOS DA PORNOGRAFIA

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A pornografia pouco difere das drogas mais conhecidas, como maconha, cocaína e crack, entretanto de forma sutil e rasteira invade lares, ambientes de trabalho e até escolas, sob o olhar de adultos e jovens que estão cada vez mais “acostumados” e inertes diante de uma sociedade extremamente sexualizada.

Inserida em inúmeras “telas”, capas de revistas, outdoors, peças de teatro, museus e exposições de arte, a pornografia, potencializada pela expansão da Internet, se apresenta a todos sem distinção de idade e de sexo, ora explicitamente ora camuflada de entretenimento, podendo causar dependência aos que dela fazem uso.

Talvez um dos maiores problemas atuais da sociedade, e que certamente mais corroboram com a popularização e “aceitação” da pornografia, é o fato de que o sexo foi totalmente desvinculado do matrimônio e passou a ser uma mera busca pelo prazer.

A pornografia causa, no momento do seu uso, uma carga muito alta de dopamina, que possibilita uma sensação de prazer e satisfação. O problema é que a cada vez que a pessoa faz uso da pornografia, o nível de dopamina diminui, fazendo com que a satisfação já não seja a mesma, levando o indivíduo a procurar cada vez mais conteúdos na busca de prazer.

Além disso, a pornografia pode causar danos psicossociais. O usuário frequente de pornografia tende a ter menor sensação de prazer e satisfação com situações normais do dia a dia, se tornando uma pessoa mais frustrada e com maior dificuldade de manter laços afetivos, podendo levar inclusive a quadros de depressão e até de suicídio. No aspecto sexual, a pornografia pode contribuir com quadros de disfunção erétil.

Dentro desse ciclo vicioso, a pornografia normalmente começa como uma fonte de prazer, mas com o tempo ela acaba se tornando uma válvula de escape para tentar aliviar frustrações com as quais não se consegue lidar. E diante dos danos já mencionados, a situação tende a piorar ainda mais gerando mais frustração e dependência, a ponto de chegar em um nível que a pornografia já não é capaz nem de gerar prazer para a pessoa.

A pornografia vicia, e, assim como as drogas, cria mais dependentes todos os dias, destrói famílias e relacionamentos, destruindo a capacidade de amar das pessoas.

Se você está em situação de vício com a pornografia, o primeiro passo é reconhecer a dependência, e para isso faça essas perguntas a si mesmo: A pornografia está afetando a sua vida pessoal, profissional ou afetiva? Você já tentou parar e não conseguiu? Em caso afirmativo, é muito provável que você seja um dependente, por isso, não hesite, busque ajuda.


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