A MISS HOLANDA E A ESCLEROSE SOCIAL
A MISS HOLANDA E A ESCLEROSE SOCIAL
A Esclerose Múltipla, é uma doença crônica que ataca os neurônios causando diversos sintomas, sendo a deficiência cognitiva, o mais característico. Lançando mão de um jargão bastante usado entre as feministas e os id3ólogos do Gên3ro para tentar induzir a audiência ao erro, pode-se afirmar que muitos fatos na sociedade não são explicados exclusivamente pelos fatores biológicos, mas sobretudo, culturais e sociais. Nesse sentido, podemos dizer que existe uma esclerose, não causada por questões genéticas ou deficiência no sistema imunológico, mas por um fator cultural.
O grande escritor e literato católico G. K. Chesterton, em sua insuperável obra “Ortodoxia”, satiriza um interlocutor que repetia de maneira inconsciente o seguinte jargão: “aquele cara vai ser um sucesso, pois acredita em si mesmo!”, respondendo a esta questão Chesterton brilhantemente afirma que os caras que ele conhece e que acreditam em si mesmos, estão no hospício!
É fácil acreditar em si mesmo, mas fazer com que os outros acreditem naquilo que eu penso acerca da realidade só pode ser alcançado por três caminhos: pela verdade que está no ser das coisas, obrigando os outros acreditarem naquilo que eu creio por um método sofístico e retórico ou ainda, pela imposição ditatorial. Antigamente, como o escritor inglês já percebia, destacadamente para o segundo caso, havia um remédio: o manicômio! Já na atualidade, há outro: os holofotes da mídia, o cancelamento social ou até mesmo, a prisão!
Recentemente a Holanda, um país que há muitos anos encontra-se numa crise cultural tremenda, que pode ser comparada a um navio sem rumo, superou os seus limites ao eleger de forma inédita, como representante do seu país para o concurso de Miss Universo, um homem. Pior é saber que a mídia em geral está aplaudindo o fato e não há ninguém, em sã consciência, até mesmo entre os organizadores do evento, que faça uma contestação deste fato.
As feministas não reagem mais em face de perder seu espaço cada vez mais, devido às ideologias reinantes na sociedade e estão sendo esmagadas a cada dia mais, logo, se não há uma referência do que é uma mulher, como defendia a filósofa existencialista Simone de Beavouir, então a mulher pode ser qualquer coisa, até mesmo, aquilo que as feministas mais abominam, ou seja, objeto de uso dos homens.
Um filme lançado em 2017, chamado Blade Runner 2049 pode ajudar a compreender a causa dessa esclerose social. O filme trata da chamada “Inteligência artificial”, num mundo impossível, onde androides vivem como humanos, conhecendo o ser das coisas e sabendo que eles existem. Contudo, é interessante observar, que neste mundo fictício, o criador dos robôs, Dr. Wallace, aperfeiçoou os mesmos para torna-los cada vez mais próximos dos seres humanos e um dos principais dispositivos utilizados foi a inserção de um chip com a memória de fatos vividos, para que as máquinas tivessem a sensação de terem construído uma história de vida, ou seja, uma tradição assimilada.
É interessante observar ainda que o drama central do filme é a possibilidade dos androides gerarem vida por si mesmos, ou seja, não serem construídos por um arquiteto digital, mas terem “liberdade” para se unir e gerar bebês, algo exclusivo do ser humano, porém odiado pelo Dr Wallace, que vê nisso, uma revolução que fugiu de suas mãos e que poderá causar inexoravelmente o fim do seu poder e a liberdade das máquinas.
Por que eu trouxe aqui essa história? É porque precisamos valorizar aquilo que nos faz humanos, e quando deixarmos essas escolhas para a mídia, o Governo ou outrem decidir por nós, acabaremos no triste sistema escravista apresentado por Aldous Huxley na obra “Admirável Mundo Novo”. Perdemos desta forma, o controle de nossas ações e às delegamos ao Estado ou outrem equivalente, que começa destruindo nossa capacidade de gerar vida (contracepção, 4b0rto, esterilização) e apagando a tradição dos antepassados e os vínculos familiares, fazendo-nos acreditar em qualquer coisa para continuar servindo um “arquiteto social”, que estabeleceu as nossas regras de vida.
Há tratamento sim para esta esclerose social, mas este perpassa pelo retorno aos valores da família, da religião e da verdade, contudo, conforme o tempo passa e não medicamos o problema, tal como um câncer que gera metástase, logo não conseguiremos reverter este mal que se alastra. Vamos ficar parados como mera audiência dessa trama ou vamos entrar para tentar resolver? E se nada fizermos, quem será capaz de conter a avalanche criada pelos arquitetos sociais?
Juliano Antonio Rodrigues Padilha – Economista e Coordenador do Núcleo de Estudo e Formação da Casa Pró Vida Mãe Imaculada