O caso Rosita: outra menina explorada pelos ideólogos do aborto
O recente caso da menina de apenas 10 anos abusada na cidade de São Mateus, no Espírito Santo, e transferida, graças ao trabalho de ideólogos, para a realização de um aborto em Recife, reacendeu uma série de debates a respeito do assunto. Esse fato também trouxe à tona casos que passaram despercebidos e que mostram a cruel face do ser humano quando interesses espúrios estão acima da dignidade da vida humana. O caso que será tratado neste artigo, e que serve de alerta para o presente, é de uma menina de apenas 9 anos, a qual foi abusada durante muitos anos pelo próprio padrasto. E como em outras situações, mais uma vez, um drama se tornou uma grande tragédia.
Em fevereiro de 2003, no Hospital Turrialba, na Costa Rica, médicos descobriram a gravidez de 4 meses em uma menina de apenas 9 anos, chamada Rosita, cujos pais eram nicaraguenses e estavam a trabalho no país, numa plantação de café. Entre os suspeitos da pedofilia, estavam o próprio padrasto e um cidadão costarriquenho de 20 anos, Alexis Barquero.
Os médicos que atenderam a menina decidiram que o melhor seria levar a gravidez adiante, com monitoramento médico, uma vez que a garota, apesar de estar acometida por doenças venéreas, não corria risco de vida.Além do posicionamento clínico, a família também era favorável ao parto,já que o Hospital declarou ter experiência em partos de mães com menos de 14 anos.
Os dois acusados foram convidados para exames médicos para averiguar, a partir das doenças venéreas transmitidas à criança, a prova para a devida punição. O jovem Alexis se submeteu imediatamente aos exames, que nada comprovaram.Em comportamento oposto ao do jovem suspeito, o padrasto da menina se recusou aos exames e a partir disso a história tomou outro rumo.
OS INTERESSES ESPÚRIOS DOS IDEÓLOGOS E A CONDUÇÃO À UMA TRAGÉDIA
Uma rede feminista nicaraguense, denominada Rede de Mulheres Contra a Violência, interviu no caso alegando que a menina corria risco de vida e que os médicos estariam falseando o diagnóstico concordante ao parto. Além disso, solicitaram a realização do aborto ou a imediata transferência da menina para o país de origem dos pais, a fim de que,sob supervisão da ONG, fosse possível a execução do aborto “terapêutico”,salvaguardando a vida da vítima. A autoridades da Costa Rica proibiram a saída da família do país, até que o padrasto da menina fosse ouvido e o caso fosse a julgamento. Todavia, a Rede de Mulheres,em conjunto com outras ONGs, conseguiu realizar a fuga da família para a Nicarágua, onde se comunicavam apenas por cartas assinadas com impressões digitais dos pais da menina, que eram analfabetos.Agora, essa instituição exigia o direito de realizar o aborto para salvar a vida da criança.
Na Nicarágua, o governo solicitou que a menina fosse examinada por uma junta médica de 15 especialistas em ginecologia para analisar o caso. A Rede de Mulheres exigiu que a junta fosse composta apenas por mulheres, as quais examinaram a menina e concluíram que tanto o parto quanto o aborto traziam riscos equivalentes. Contudo, enquanto aguardava-se a decisão, a menina foi retirada furtivamente pela Rede de Mulheres, tendo o aborto sido realizado em lugar desconhecido. Depois disso, a menina é mais uma vez levada a um paradeiro conhecido apenas pelo grupo pró-aborto e pelo procurador de Direitos Humanos do país. Ainda, não houve a liberação dos restos do feto abortado para apreciação de provas no julgamento, mesmo essa sendo uma requisição da justiça costarriquenha, pois essa seria a única prova que poderia inocentar Alexis e foi extinta.
NOVOS FATOS VEM À TONA
O caso da menina passou a ser explorado pelos ideólogos e divulgado em massa, especialmente na América Latina, através de livros, documentários e artigos amplamente divulgados. Toda essa repercussão fazia o debate sobre o aborto “terapêutico” na Nicarágua ganhar um novo enfoque e encaminhava para flexibilização nas leis.
Somado aos efeitos no país, no âmbito familiar os pais acusaram Alexis de violentador durante muito tempo.Entretanto, a menina apareceria novamente em 2007, com 14 anos, quando sua mãe, movida pelo ciúme, denunciou às autoridades policiais que a mesma havia, neste meio tempo, engravidado novamente do padrasto e já tinha uma criança de um ano e meio. Depois de muitos empecilhos colocados pela Rede de Mulheres à remoção da menina que estava sob seus cuidados, a justiça nicaraguense determinou sua retirada imediata, com penalizações caso houvesse impedimento por parte dos ideólogos.
Entre as medidas da justiça para a solução da situação,o padrasto da menina foi condenado a trinta anos de prisão. Também, a Rede de Mulheres passou a ser investigada dado que, sob seus auspícios, houve ocultação de prova e a continuidade do crime de pedofilia. Quanto ao acusado Alexis Barquero, esse passou 4 anos na prisão por um crime que nunca cometeu e, inclusive, sofrendo moléstias e outros males, chegando até a pensar no suicídio.
UMA TRAGÉDIA RECENTE
O desfecho dessa história de grandes tragédias mostra o quanto os ideólogos do aborto, não se importando com a moralidade dos meios, usam todas as ferramentas capazes para garantir seus objetivos. É preciso lembrar que, logo após o caso, o número de abortos chamados de “terapêuticos’ cresceu abruptamente na Nicarágua. Em decorrência disso, o parlamento local teve que, por pressão do público, determinar o fim desse meio de recorrer ao aborto ao perceber que essa brecha estava sendo usada sistematicamente pelos ideólogos para a realização do procedimento em massa no país.
No caso da criança de São Mateus,há até mesmo a possibilidade de outras pessoas envolvidas nos abusos, mas só haveria a confirmação disso se, no hospital onde foi realizado o aborto, o corpo do bebê de quase seis meses não fosse extraviado. Esses são os grandes questionamentos que surgirão daqui para frente. Porque houve tanta agilidade no procedimento do aborto? A menina queria mesmo realizá-lo? Ela era abusada por outros? Como autênticos defensores da vida, temos o dever de exigir maiores detalhes disso tudo, até que a verdade venha à tona.
Núcleo de Estudo e Formação – Casa Pró Vida Mãe Imaculada
FONTES:
http://www.laprensa.com.ni/archivo/2003/febrero/20/sucesos/sucesos-20030220-05.html
http://www.laprensa.com.ni/archivo/2007/septiembre/26/noticias/opinion/
http://www.vidahumana.org/news/19FEB03.html
http://www.laprensa.com.ni/archivo/2003/febrero/21/nacionales/nacionales-20030221-18.html
http://www.laprensa.com.ni/archivo/2003/febrero/20/sucesos/sucesos-20030220-04.html
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http://impreso.elnuevodiario.com.ni/2007/08/11/nacionales/56030
http://www.cimacnoticias.com/noticias/03abr/03042206.html
http://www.simas.org.ni/revistaenlace/files/articulo/1159230629_Una%20ni%C3%B1a%20violada.pdf