O ANJO DE AUSCHWITZ: UM FILME QUE TODO PRÓ-VIDA DEVERIA ASSISTIR
O ANJO DE AUSCHWITZ: UM FILME QUE TODO PRÓ-VIDA DEVERIA ASSISTIR
A modernidade parece carecer cada vez mais de inteligência e capacidade para transmitir histórias através da Sétima Arte, a qual vem sendo tomada dia após dia, assim como todas as outras instâncias da vida do homem ocidental, por uma ideologia de interesses espúrios, no entanto, há ainda o que se aproveitar em meio a tanta miséria. Um filme que está disponível nas plataformas de streaming mais acessadas, pode trazer uma grande luz para nossa época e quem sabe, até mesmo, fazer o homem moderno tão utilitarista e hedonista retomar o caminho da verdade e do bem.
O filme ao qual me refiro é O Anjo de Auschwitz, baseado na história de Stanislawa Lesczynska, a polonesa que assistiu as prisioneiras gestantes no campo de concentração de Auschwitz. Por suas virtudes heroicas de grande devoção católica, Stanislawa encontra-se em processo de beatificação e certamente, ainda não conhecida, haverá de se tornar ao lado de Santa Gianna Beretta Mola e Chiara Corbello, padroeiras do movimento pró-vida.
Deixando um pouco de lado a sua biografia e olhando para a trama em si, é possível identificar alguns elementos de reflexão da luta em defesa dos nascituros. É preciso observar que o ambiente em que se passa filme, é terrível e conta com um coadjuvante conhecido na história, o doutor Josef Mengele, médico reconhecido mundialmente pelos crimes cometidos contra prisioneiros nos campos de concentração, usando os mesmos como “cobaias” para experiências em prol da ideologia nazista.
O primeiro elemento a ser destacado é que a partir do mesmo argumento de movimentos abortistas atualmente, é onipresente no filme as expressões de Mengele ao afirmar que todas aquelas atrocidades eram feitas em nome da uma pseudociência e do “bem” da humanidade. Nem é preciso pensar muito para descobrir que qualquer discurso envolto de uma estratégia com vistas a implantar o paraíso nesta terra, irá inevitavelmente findar em atrocidades das mais cruéis que se possam ou não imaginar.
As feministas também afirmam defender uma sociedade ótima, que seja igualitária e capaz de oferecer oportunidades maravilhosas, onde as mulheres tenham os mesmos direitos reprodutivos que os homens, libertando-as da do “fardo” da maternidade, ou ainda, pelo direito das mulheres pobres de assassinar seus filhos quando desejarem, visto que as mesmas são desfavorecidas e acabam tendo de recorrer aos meios clandestinos, onde correm risco de vida.
Há também a questão da própria técnica científica a serviço de uma ideologia. Da mesma maneira que os nazistas consideravam os judeus uma raça inferior e responsável pelas doenças que se disseminavam na Alemanha à época, especialmente o Tifo, também é possível verificar o discurso abortista de que o feto não passa de um aglomerado de células, incapaz de sentir dor e por conta disso, um ser de classe inferior que não merece viver, senão somente depois de 12 semanas. Os ecologistas que andam de mãos dadas com os ideólogos do aborto, também defendem uma falácia bastante ridícula ao afirmar que mais crianças, causarão inexoravelmente novos desastres e a destruição da terra como a conhecemos, e que, portanto, precisam aquelas precisam ser eliminadas.
Outro aspecto interessante no filme é o trabalho da parteira Stanislawa contra tudo e contra todos, mesmo sozinha, guerreando contra um sistema muito mais forte, não desiste do trabalho de ajudar as prisioneiras a trazer à luz, seus filhos. Faz lembrar o trabalho árduo de tantas pessoas em nosso país e no mundo afora, que enfrentam sozinhas um sistema financeiro e político poderoso, correndo risco de perder a liberdade e até mesmo a vida, como é o caso das mulheres pró-vida nas favelas cariocas, a título de exemplo, as quais muitas vezes enfrentam confrontos e tiroteios entre facções e policiais, para seguir em frente atrás das mulheres que estão em risco de abortarem.
Por fim, é de se destacar principalmente a filosofia do respeito à vida apresentando por esta obra. Embora as mulheres dessem à luz, sabendo que as crianças logo seriam objeto das mais atrozes experiências dos nazistas, não deixavam de ter esperança e ainda assim, pelas mãos de Stanislawa, geravam seus filhos. Há uma ideologia perversa em nosso país, contra as crianças que são diagnosticadas no ventre materno com anencefalia. Dizem os médicos que a criança viverá pouco e não compensará trazer as mesmas ao mundo se vão sofrer, com pouca ou nenhuma expectativa de vida. Muitas mulheres corajosas, dizem “sim” a essas crianças, que apesar da doença que carregam, não deixam de serem vidas humanas e não um objeto descartável.
Enfim, não é pretensão deste artigo gerar spoiler, cabe ao leitor assistir ao filme e tirar do mesmo, as lições para a sua vida e olhar ao redor, no contexto vivido em nosso país, os traços de proximidade com essa história triste, mas fabulosa de luta em meio a tanto sofrimento. Então, bom proveito!
Juliano Antonio Rodrigues Padilha – Economista e Coordenador do Núcleo de Estudo e Formação da Casa Pró Vida Mãe Imaculada