A filosofia antinatalista

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Há um pensamento que vem ganhando força em nosso meio ultimamente, sobretudo entre os jovens, que é a filosofia antinatalista, na qual defende a ideia de que as pessoas deveriam parar de se reproduzir. O maior expoente e pensador desta vertente é David Benatar, filósofo e professor da Universidade de Cape Town, África do Sul. Ele difunde a ideia de que “existir é sempre um dano grave. As pessoas nunca deveriam, em circunstância alguma, procriar”, ainda explica que “Para uma pessoa que já existe, a presença de algo ruim é ruim, e a presença de algo bom é bom, mas compare com um cenário no qual essa pessoa nunca existiu – então, a ausência de algo ruim seria boa, e a ausência de algo bom não é necessariamente ruim porque não haveria ninguém a ser privado das coisas boas.” 

Não é de se espantar de que alguém com esse pensamento seria a favor do ab0rto, e até começam a considerar a prática como um bem que está sendo feito para o nascituro, já que o mundo é cruel e cheio de injustiças, então seria melhor não vir ao mundo.

Já há um caso de um rapaz que quer processar seus pais, por que não consentiu com seu nascimento. 

Parece absurdo, não é?

Mas ainda há casos extremos como por exemplo os movimentos chamado “childfree”, surgido nos Estados Unidos que defende a ideia de, além de não ter filhos, não conviver com crianças, inclusive apela para que alguns estabelecimentos comerciais proíbam a entrada de crianças. 

Assim como o movimento vegano, que vai além das suas escolhas individuais, eles buscam impor na sociedade suas ideias por meio de políticas públicas.

Dentre os principais motivos que tais movimentos alegam são de que o planeta terra está superpovoado e consome os recursos naturais desenfreadamente, ideia baseada no pensamento de Thomas Malthus, um economista do século XVIII, que trabalhou com a teoria demográfica.

Malthus, em seus estudos, concluiu que a produção de alimentos crescia em um ritmo mais lento do que a população. Ele projetou que, em aproximadamente dois séculos, o número de pessoas no planeta aumentaria 28 vezes mais do que a produção de alimentos, levando a uma crise de escassez. No entanto, essa previsão não se concretizou, pois o aumento populacional promove a divisão do trabalho, permitindo maior especialização em diversos campos, incluindo a produção de alimentos.

Outro motivo pelo qual o ser humano não deve trazer filhos ao mundo reside no fato de que a vida humana é uma tremenda injustiça, ela seria permeada de tanto sofrimento que não faria sentido trazermos a este mundo cruel mais pessoas para vivenciarem tanta dor. De fato, existe muito sofrimento, porém hoje, vivemos em um mundo com mais conforto, segurança e facilidades do que em qualquer outra época da história. Comparado aos últimos 50, 100 ou 1000 anos, desfrutamos de avanços que nem os mais poderosos nobres da Idade Média poderiam imaginar: saúde, tecnologia, acesso à informação e comodidades que transformaram a qualidade de vida.

Agora, imagine se nossos antepassados, que enfrentaram condições muito mais desafiadoras e repletas de sofrimento, tivessem adotado a mesma mentalidade que algumas pessoas hoje defendem — de evitar filhos ou desistir de formar famílias simplesmente não estaríamos aqui. Foi justamente a perseverança deles, mesmo diante das adversidades, que tornou possível o progresso e o legado que hoje usufruímos.

A verdade é que a felicidade plena não é para esse mundo, se queremos uma vida sem problemas, estamos fadados a sempre viver frustrados. A existência humana é composta por momentos de felicidade e prazer mas também pelo sofrimento inevitável. Viktor Frankl, Ex-prisioneiro do campo de concentração de Auschwitz, apresenta em seu livro que a busca pelo sentido é a força mais poderosa que move os seres humanos e que é possível encontrar um propósito mesmo em situações difíceis.

O que podemos perceber é que a filosofia antinatalista é antes de tudo uma filosofia anti humana. As pessoas que estão preocupadas com a humanidade não estão preocupadas com as pessoas em particular, com o indivíduo em si.  Para elas, a solução para resolver os problemas da humanidade está em parar o processo de reprodução do ser humano como espécie, e isso é diabólico.

Theodore Dalrymple, em seu livro Podres de Mimados afirma que Lênin era um homem de amor ardente pela humanidade em geral, e de ódio por quase todas as manifestações individuais dela, com consequências que, a essa altura, já são suficientemente bem conhecidas.


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