A guerra pela mente das pessoas
Quem controlar a informação do passado determinará o que e como as gerações do futuro pensarão. Quem controlar as informações do presente determina como essas mesmas pessoas verão o passado (George Orwell 1984).
O controle da educação nas mãos do Estado, a reformulação dos livros base, onde qualquer menção a ideias contraditórias unida a instrumentalização dos professores, faz com que não sobre nada na mente dos alunos, a não ser aquilo que os educadores gostariam que sobrasse. Os alunos, acabam realmente acreditando que não há nada mais importante para aprender, além do necessário para conseguir um bom emprego, e tornar-se um membro produtivo da sociedade.
Essa força invisível, que já modificou profundamente a educação nos EUA e também na Europa, e que já está sendo implantada no Brasil, é fruto de reuniões entre políticos, banqueiros e empresários, que chegaram à conclusão que precisavam de uma força de trabalho cooperativa, submissa e bem treinada para alcançarem seus objetivos. Desde 1917 o cartel da educação, onde nomes como Rockefeller e Carnegie, unidos a grandes nomes da educação como Harvard, Stanford e a Associação Nacional da Educação vêm promovendo mudanças radicais no ensino. O empreendedorismo deixou de ser incentivado, o foco é treinar ou condicionar a mente dos jovens apenas para o mercado de trabalho. A educação deve existir somente com o propósito de propiciar um bom trabalho na economia global.
A história da educação americana, pode ser analisada à luz da tomada das escolas, primeiro por socialistas que viram o governo como a forma ideal de garantir uma homogeneização com o intuito de aperfeiçoar a humanidade e chegar ao utópico paraíso na terra, e por outro lado por interesses empresariais e financeiros, que viram nas escolas controladas pelo governo a forma mais eficiente de ter mão de obra servil e relativamente barata.
Segundo Willian Sewell, professor de educação na Universidade de Virgínia, “as crianças pertencem ao Estado”. Não faz muito tempo, que aqui no Brasil, ouvimos falar a mesmíssima coisa. E qual, segundo ele, é a meta da educação do Estado para nossas crianças? “O treinamento de cidadãos para o Estado, para que o Estado seja perpetuado”. Lamentavelmente a educação reduziu-se a criar recursos humanos treinados para manter a indústria viva, ou, massa de indivíduos cooperativos para manter o Estado vivo.
Common Core nos Estados Unidos e BNCC aqui no Brasil. A Base Nacional Curricular Comum é uma cópia da federalização da educação que ocorreu nos EUA, onde o governo federal está encarregado dos currículos, dos padrões e dos testes das crianças. Assim como lá, aqui no Brasil a BNCC é ilegal, pois a constituição de nosso país limita o papel do governo federal na educação, afirmando em seu artigo 22, “que cabe ao governo federal apenas fornecer as diretrizes e bases da educação nacional”, e no seu artigo 210 “um conteúdo mínimo para o ensino fundamental”, o restante da educação cabe aos diversos sistemas estaduais de ensino e às próprias famílias. Na LDB (lei de diretrizes e bases) afirma no seu artigo 15 “que será assegurado progressivos graus de autonomia administrativa e pedagógica”. Contrariando as leis, o governo brasileiro resolveu copiar o mesmo modelo que está sendo imposto nos Estados Unidos. A BNCC é um currículo detalhado imposto pelo governo, que decidirá o que as crianças brasileiras deverão estudar, em detrimento da vontade das famílias. Essa centralização da educação no Brasil, teve a colaboração do Banco Mundial e teve seu início no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, homologado no governo de Michel Temer, e com previsão de que esteja totalmente consolidada a sua implantação até 2020.
A consequência da BNCC, será o caráter ideológico que a educação inevitavelmente passará a ter. O governo federal passará a ter a última palavra, e assumirá um papel que é dos pais na educação de seus filhos. Os defensores da BNCC, afirmam que não irão interferir na forma de lecionar dos professores, mas basta abrir a BNCC e na página 21, constata-se que a União responsabilizar-se-á pela formação inicial e continuada dos professores para alinhá-las à BNCC, ou seja, “nós não iremos definir o que vocês ensinam, mas nós iremos formar vocês para que ensinem o que nós definirmos” (padre José Eduardo)
A verdadeira educação, para pais cristãos é educar seus filhos para o céu, educar para a contemplação da verdade e há muito tempo a educação não cumpre seu verdadeiro papel. Atualmente a educação não prepara sequer para a verdadeira liberdade num país soberano, ao invés disso, só está servindo para doutrinar as crianças a aceitarem uma nova cidadania global. Com esse tipo de educação querem uma total transformação da sociedade, os conhecimentos não são o propósito principal, o importante agora é o desenvolvimento econômico sustentável e o capital humano.
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
http://sophiaperennis.com.br/a-educacao-segundo-a-filosofia-perene/
Como as Corporações Globais Querem Usar as Escolas Para Moldar o Homem Para o Mercado – por Joel Spring