A IMINÊNCIA DE UMA NOVA GUERRA MUNDIAL E O FRACASSO DA TEORIA DA SUPERPOPULAÇÃO

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A IMINÊNCIA DE UMA NOVA GUERRA MUNDIAL E O FRACASSO DA TEORIA DA SUPERPOPULAÇÃO

O mundo acompanha apreensivo as movimentações da geopolítica a partir da Europa, após a invasão da Ucrânia pela Rússia. O contorno do problema torna-se ainda mais preocupante se levar em conta que a Rússia conta hoje com uma grande e perigosa aliada, a China, comprovando que o conflito pode sim se tornar mundial. Importante lembrar que logo após a 2ª Guerra Mundial, emergiu a preocupação da elite global acerca de um novo conflito que se instalava naquele momento entre o Oriente Comunista, formado pelo bloco da União Soviética e outros periféricos aliados (Cuba, Coreia do Norte, China e Vietnã) e o Ocidente Capitalista. A conclusão que ia tomando força, era a de que o cerne do problema era a superpopulação mundial, e que o mundo precisaria resolver isso para evitar um desfecho catastrófico para o mundo. O conflito recente, mostra exatamente o contrário!
Quando se fala de controle populacional e de planejamento familiar, é impossível tratar do assunto sem trazer o nome de John Rockefeller III, o homem que conseguiu em 1952 organizar o Conselho Populacional, uma instituição de liderança que seria a “salvação” para um mundo em constante tensão de se auto destruir. O trabalho filantrópico do qual Rockefeller e sua família são partes importantes, passou por diversas etapas, começando com o trabalho de auxílio às regiões mais pobres dos Estados Unidos até um plexo de atividades voltadas para educação, saúde e assistência social. Ponto de grande inflexão nas atividades filantrópicas da família Rockefeller deu-se quando Rockefeller III decidiu largar tudo para dedicar-se à questão populacional, considerando que de nada adiantaria a continuidade do trabalho filantrópico, se houvesse uma nova guerra, que logo se daria, segundo ele, devido às pressões populacionais oriundas dos países mais pobres.
O pensamento de Rockefeller acerca do problema populacional não surgiu do nada. Ao contrário, desde o século XVIII esta questão já chamava a atenção de muitos. Surgiu com o pastor Thomas Malthus e sua teoria de que a oferta de alimentos não daria conta da população que crescia acima das capacidades de produção e isso seria a fonte de conflitos que surgiriam por populações inteiras lutando por comida e espaço restrito. Em 1916, outro demógrafo chamado Warren Thompson surpreende o mundo com a chamada Teoria da Transição Demográfica, que foi uma revisão total dos trabalhos de Malthus, reafirmando que o problema populacional promoveria o surgimento de conflitos, porque agora, devido às melhorias nas condições de vida, a natalidade cresceria e a mortalidade recrudesceria, emergindo novamente o problema da distribuição que somente seria resolvido se as pessoas tivessem condições de controlar a fecundidade.
Alguns mais alarmistas consideravam a iminência de grandes problemas, considerando até mesmo estratégias coercitivas, como pensavam por exemplo Hugh Moore, fundador da Dixie Cup, indústria de copos descartáveis, uma das mais poderosas e lucrativas na primeira metade do Século XX. Moore era muito próximo de Paul Erlich, autor do livro Road do Suvivor, o qual defendia até mesmo a criação de impostos diferenciados sobre famílias numerosas e produtos para bebês, ou a isenção para homens e mulheres que fizessem esterilização. Hugh Moore, inclusive participou de grupos de paz mundial e de um plano para elaboração de uma federação mundial da qual participassem países europeus e a América do Norte. A exemplo de Rockefeller, Hugh Moore vendeu sua indústria para se lançar à causa populacional, criando o chamado Comitê de Crise Populacional, responsável por fazer lobby junto ao governo americano para que este entrasse na luta pelo controle populacional mundial. Sua teoria era a de que o bloco soviético estava ganhando aliados entre os países mais pobres devido aos problemas de escassez de alimento em relação à população crescente nestes.
Após um longo tempo de pressão das instituições de controle populacional sobre o governo americano, este finalmente cedeu aos poucos, até estabelecer a Comissão sobre População e o Futuro da América, criada no governo Nixon e que foi presidida por ninguém menos que John Rockefeller III. As conclusões dessa comissão, culminaram no chamado Relatório Kissinger, que recebeu este nome devido ao Secretário de Estado americano à época. Este relatório orientava o governo americano a agir no controle das populações do terceiro mundo, por questões de segurança, a fim evitar um conflito encabeçado pelas nações pobres, que poderiam a qualquer momento, “saquear” os EUA devido à escassez de recursos em sua nação, ou até mesmo, exaurir as matérias primas das quais dependiam os Estados Unidos.
A estratégia era controlar as taxas de natalidade no mundo inteiro a qualquer custo. Para isso, as organizações que se aliaram à Rockefeller e aos demais participantes desta elite mundial, criaram ONGs para pressionar e tomar organismos internacionais como a ONU e o Banco Mundial, com vistas a obrigar os signatários a aderir políticas de Planejamento Familiar que pudessem abranger todos os métodos, inclusive o aborto. Os resultados podem serem vistos hoje, com a queda nas taxas de natalidade no mundo a níveis alarmantes, e que já preocupam algumas nações que já sofrem os efeitos do chamado “inverno demográfico”. A pressão pela legalização do aborto no mundo já permite que aconteça um genocídio silencioso que mata anualmente mais de 40 milhões de crianças no ventre materno.
Apesar de todo o esforço maquiavélico da elite mundial o que se tem visto é que tais estratégias não foram suficientes para evitar mais uma guerra mundial que está se iniciando, a qual inclusive, em nada se relaciona com supostas pressões de populações pobres e famintas guerreando por comida e espaço. Qual seria o problema de fato? Onde erraram? Os teóricos deixaram de levar em conta que os homens têm um desejo em si insaciável de poder, e assim como as milionárias corporações que financiam o aborto e o controle populacional no mundo querem garantir o seu quinhão, também existem outros com interesses diversos que pretendem o mesmo, sempre com aquela “capa” de benevolência para fazer parecer bonitos os seus objetivos perante o público.
O conflito que se instala é sobretudo ideológico, nascendo da mesma ideologia que causou a crise de mísseis em Cuba na década de 1960, ou seja, implantar no mundo ou num território expressivo, uma ideia única e uma subversão aos interesses de uma utopia, assim o foi com o Império Romano e mais recentemente com o Nazismo, com o Comunismo. Toda estratégia da elite populacional serviu apenas para criar uma guerra desproporcional, silenciosa e interminável contra crianças inocentes, que ceifa milhões de vidas a cada ano, como destacou Santa Teresa de Calcutá dizendo (…) “Eu sinto que o grande destruidor da paz hoje é o aborto, porque é uma guerra contra a criança, uma matança direta de crianças inocentes, assassinadas pela própria mãe.

Juliano Antonio Rodrigues Padilha – Economista, Especialista em Finanças e Controladoria e em Orçamento Público – Coordenador do Núcleo de Estudo e Formação da Casa Pró Vida Mãe Imaculada.


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