Ambientalismo x Defesa da Vida Humana
O controle do crescimento populacional desperta interesse em muita gente e esse interesse influencia a vida das pessoas há mais de 60 anos. Em 1952, John Rockefeller III, com 26 especialistas em demografia, entre eles nomes de destaque como o de Warren Thompson, Kingsley Davis e Frank Notestein, fundaram o Conselho Populacional para controlar o crescimento mundial da população. Outra conhecida fundação, a Fundação Ford, também direcionou seus trabalhos, tornando-se parceiro no empreendimento e colocando o controle demográfico entre suas prioridades. Os contraceptivos, o DIU a esterilização e o aborto foram amplamente estimulados com o intuito de controle populacional, porém a queda nesse crescimento ficou muito aquém dos níveis esperados.
A mudança de paradigma neste contexto se deu em 1967, quando Kingsley Davis publica um trabalho na revista Science em que afirma que o controle da população não pode ser realizado por meios médicos nem pelos quadros políticos, uma vez que esse trabalho requer uma mudança da própria estrutura da sociedade para que as mulheres não queiram ter mais filhos, e para alterar essa motivação é necessário alterar a estrutura familiar, o papel da mulher na sociedade, as normas sexuais e, segundo Davis, somente especialistas em estudos sociais conseguirão fazer isso.
Realmente os sociólogos não param de trabalhar, pois o controle populacional assumiu uma nova roupagem. Atualmente o discurso é de não ter filhos para proteger o planeta. Para os defensores da redução do número de filhos, o discurso falacioso é que cada novo ser humano altera as mudanças climáticas, devido ao aumento de carbono. Existe também, por parte de alguns “ambientalistas”, um discurso alarmista de que se o consumo de recursos naturais continuar como está, em pouco tempo, será impossível habitar o planeta terra.
Ninguém nega a necessidade de preservar o meio ambiente, porém os chamados movimentos “ecoterroristas” aliados a interesses globalistas e histerias esquerdistas, estão ultrapassando os limites do razoável. Não se pode ter uma visão igualitarista, onde uma árvore é tão importante quanto um ser humano, e ignorar que os cuidados com o planeta não podem ser dissociados dos interesses e das necessidades dos homens negando assim a dignidade da natureza humana. A preocupação malthusiana com a superpopulação é antiga, tirânica, e cheia de ódio pela humanidade, porém está travestida de um discurso cheio de boas intenções, e muitos acreditam nesse ativismo climático.
A manipulação sociológica, o egoísmo, a busca pelo prazer como estilo de vida já fez com que as pessoas parassem de ter filhos, e quando os tem, já é único. Vale salientar que antes de escolher não ter filhos por conta desse discurso de ‘”salvar o planeta”, é prudente levar em conta que o tempo passa e o arrependimento para esses casos é normal, assim sendo, não permita que manipulações midiáticas afetem sua motivação em ter filhos, a não ser que você realmente acredite que a natureza ou um animal tem o mesmo direito que um ser humano e que não há diferença básica entre eles. Pense nisso.
Luciana Leszczij Calistro
Membro do Núcleo de Estudo e Formação
REFERÊNCIAS
Cabral e Fátima – Comissão Diocesana em defesa da Vida – SJ Campos/SP – Publicado no Portal da Família em 30/09/2012.
https://ipco.org.br/amazonia-urgente-um-plano-internacional-ameaca-o-brasil/
https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/por-que-parar-de-ter-bebes-nao-vai-salvar-o-planeta/