Decidida ela buscou o aborto, mas não sabia o que estava por vir!
Em seu primeiro atendimento pela Casa Pró Vida Mãe Imaculada, Marlene [1]estava acompanhada de sua prima. Desde que soube que estava grávida Marlene rejeitou a gestação. Ela estava decidida a abortar. A colaboradora da Casa MI explicou a ela como são agressivos e arriscados os métodos abortivos, pois não há nenhum método seguro. Além dos riscos, existem as síndromes pós-aborto. Mesmo diante dos perigos e sequelas do aborto, Marlene não mudou de ideia, levantou, chamou a sua prima para que fossem embora. Mas sua prima pediu para ela esperar e então deu o seu testemunho. Foi uma revelação e Marlene se surpreendeu. Sua prima contou que havia realizado dois abortos e que as consequências foram graves e duradouras. O seu apelo foi capaz de sensibilizar Marlene, que estava irredutível. “Eu não tive a mesma sorte que você tem de receber orientação e apoio para ter o seu filho. Tudo o que a Dra. falou sobre as consequências do aborto é verdade, porque eu vivi tudo isso. Eu temo pela sua vida e não quero que você sofra como eu sofri. Porque eu sofro até hoje. Muitas vezes pensei em me matar.”
Os que defendem o aborto se utilizam de discursos políticos e ideológicos e abrem uma ampla discussão para o direito reprodutivo, a liberdade de escolha e o empoderamento feminino. Mas não abordam a realidade dos riscos de vida, das sequelas fisiológicas e psicológicas. Alguns exemplos: infecções, atrofia e perfuração no útero e nas trompas, infertilidade, acúmulo do hormônio beta-HCG, frigidez e depressão. As feministas não mostram como é feito o aborto, quais os instrumentos utilizados e a imagem do bebê esfacelado [2]. “A conexão do filho com a mãe é tão forte, que ao tirar o bebê, também saem pedaços da mãe. A mulher carrega um peso grande depois de um aborto, seja na rigidez e aparente indiferença ou na depressão, a dor é profunda e cada uma reage de uma forma. O caminho de volta após o aborto é longo”, relata a colaboradora da Casa MI que realiza atendimentos às gestantes.
A estratégia para a legalização do aborto é transformar a morte em um procedimento para resolver um problema, como se o bebê fosse um tumor a ser retirado. Inversão que transformou a vida em enfermidade. Além do corpo e da mente, o aborto fere o espírito. Afinal, ninguém sairá ileso depois de tirar a vida de um inocente. O aborto é defendido e financiado massivamente no mundo, mas quem responde à pergunta: o que acontece depois? O que se encontra após o aborto é uma mulher de coração enrijecido que esconde as feridas em prol de uma falsa liberdade chamada “empoderamento”, ou um coração machucado que não se perdoa e perde a esperança. O caminho de volta é longo, mas é possível através do acompanhamento médico e psicológico, ao partilhar experiências e receber acolhimento e com a confiança plena na misericórdia de Deus. As vidas interrompidas não podem ser recuperadas, mas as mulheres feridas pelo aborto podem ser curadas. E o relato delas é a prova de que não há ideologia que sustente e ampare as consequências da morte dos bebês no ventre de suas mães.
Marlene não pensava em outra possibilidade, senão o aborto. Assim como ela, outras gestantes chegam à Casa MI com a decisão de abortar. Situações de desespero e medo que abrem espaço para atitudes impulsivas. O inesperado testemunho da prima de Marlene redirecionou a sua consciência e despertou a empatia. A colaboradora da Casa MI falou sobre o amor de Deus e Marlene passou a amar o filho que cresce em seu ventre. A vida é sempre a melhor escolha, quem viveu e vive as consequências do aborto sabe disso. A prima de Marlene também aceitou ajuda, ela guardou o sofrimento por anos, depois dos abortos que fez. Com o acompanhamento psicológico e com a fé, aos poucos ela encontra o perdão e a paz que tanto lhe faltaram.
[1] O nome da personagem é fictício para preservar a identidade. [2] Para saber mais sobre como de fato é feito um aborto, veja este vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=apppI8xp_7c&lc=UgwIVWdNHzVBF8E71tB4AaABAg