Nós não somos dignas de pena”, diz mãe de adolescente com síndrome de Down

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Rita Visalli descobriu a síndrome de Down da filha quando a viu pela primeira vez, após o parto. Entretanto, relata que durante a gravidez já recebera um “sinal”: aos seis meses de gestação, acordou durante a noite e sentiu a presença de um anjo no quarto. “Eu disse para o meu marido: esta criança será diferente”, conta. Hoje, a “criança diferente” tem 17 anos e se chama Amanda.

Desde a infância de Amanda, Rita busca lhe oferecer qualidade de vida. Por isso, entrou em contato com pais de outras crianças deficientes, o que foi uma experiência frustrante, às vezes. “Era muito decepcionante saber que um pai rejeitava o próprio filho”, lembra.

Os primeiros anos de Amanda foram marcados por experiências difíceis: dez dias após seu nascimento, o avô se suicidou. E aos 4 anos de idade, a menina sofreu um AVC, que exigiu esforço na busca pela recuperação.

Mas essas situações trouxeram também coisas boas: a partir delas nasceu o livro Uma mãe fora do normal de uma Síndrome de Down. Segundo a autora, escrever o livro foi uma forma de colocar sua história no papel.

Amanda já frequentou o ensino regular, porém, a mãe descreve que a experiência não foi proveitosa. “Uma vez eu cheguei na escola e vi minha filha sentada no meio de várias carteiras vazias com uma folha e um lápis, enquanto as outras crianças brincavam de morto-vivo”, diz. Atualmente, Amanda estuda em uma escola de educação especial, que se dedica às suas necessidades.

O preconceito às vezes aparece no cotidiano. “Estávamos no shopping, eu, minha filha mais velha e a Amanda. Alguns rapazes olhavam para nossa mesa e, quando perceberam que a Amanda tem síndrome de Down, apertaram os lábios”, recorda Rita, ao comentar sobre o sentimento de pesar que as pessoas demonstram sobre a síndrome da filha.

“Mas nós não somos dignas de pena, nem eu, nem a Amanda”, afirma convicta. Para ela, algumas pessoas precisam “tirar a ideia de que são sofredoras”.

Rita Visalli também é convicta sobre do valor da vida. “Aborto jamais. Ninguém tem o direito de tirar a vida de uma pessoa, independente da circunstância”, afirma a autora, que descreve o amor às filhas como incondicional. “Nós que amamos nossos filhos, eles podem virar um vegetal e nós continuamos fazendo tudo por eles. É um amor incondicional, eu não espero nada”, conclui.

Texto: Ana Claudia Pereira

 


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