O avanço do aborto na história recente

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Está amplamente documentado que desde os anos 50 as grandes fundações ditas “filantrópicas” (Fundação Ford, Fundação Rockfeller etc.) destinam recursos cada vez mais vultuosos para promover ações de controle de natalidade. Isto tudo aproveitando o temor de uma suposta explosão na população mundial após a II Guerra Mundial, o que poderia causar um grande problema de suprimento de alimentos e consequente miséria incontrolável. Não consideravam estes estudiosos que a tecnologia em evolução contribuiria para alavancar a produção de todos os recursos necessários para suprir com folga as necessidades crescentes.

No entanto, nas entrelinhas dos discursos e documentos, percebe-se que o problema principal não era o que se afirmava, mas sim a preocupação com os próprios poderosos, representados pelos líderes destas organizações, de virem a ter os seus abastados estilos de vida colocados sob risco, além de uma forte dose de preconceito racial e social.

Pois bem, no final dos anos 60 veio o tão esperado pronunciamento da Igreja Católica através da Encíclica do Papa Paulo VI – Humanae Vitae – que jogou um balde de água fria nos que esperavam um “avanço nas ideias da Igreja”. Mesmo assim, o lobby pró controle de natalidade através de métodos anticoncepcionais foi tomando corpo, até que chegou ao ponto de, na passagem dos anos 60/70 sob o governo de Richard Nixon, haver uma alavancagem nas medidas adotadas pelo governo norte-americano com um grande impulso interno, para “satisfação da indústria do aborto”.

A revolução no comportamento das pessoas através da propagação da cultura hippie, em princípio nos EUA e depois se alastrando pelo mundo, levou à adoção de um modo de vida mais “moderno e liberal” em contraposição ao padrão de vida regrada com base na cultura familiar, que passou a ser considerado retrógrado e repressor. Estas mudanças conduziram a uma busca desenfreada pelo prazer, uma verdadeira vida hedonista. Este novo estilo de vida produziu um aumento na taxa de natalidade, principalmente fora do casamento e entre jovens devido ao sexo livre, o que contribuiu com mais um argumento a favor dos defensores das medidas contraceptivas.

E assim aconteceu que, com o apoio de ambos os principais partidos dos EUA e do governo federal, as leis naquele país a partir dos anos 70 foram evoluindo na disponibilização de recursos financeiros para programas estaduais através de instituições privadas, como a Planned Parenthood (que se tornou a maior indústria do aborto no mundo), para que se evitasse a vida intrauterina indesejada. Pílula, DIU e finalmente aborto: em 1973, através de uma disputa judicial conhecida como Caso Roe versus Wade, a Suprema Corte norte-americana aprovou o aborto nos EUA.

Já em 1985, o então presidente Ronald Reagan implantou a Política da Cidade do México, uma regra que proibia a destinação de recursos federais para financiar abortos no mundo. Esta política de restrição desde então vem sendo abolida e retomada nos EUA, dependendo se o governo é, respectivamente, do partido Democrata ou do partido Republicano, mostrando que o primeiro traz em seu programa a cultura da morte fortemente arraigada. Mas independente do partido que governa o país norte-americano, desde então é forte a intervenção das fundações Ford, Rockfeller, MacArthur, Open Society na promoção do aborto no mundo.

Por exemplo no Brasil, segundo reportagem publicada no site do Semanário da Arquidiocese de São Paulo, com o título “O Covidão do Aborto”, a Fundação MacArthur publicou num relatório em 2004 que, entre 1990 e 2002, “concedeu a ONG’s no Brasil subvenções que alcançam o total de mais de 36 milhões de dólares,” sempre com a dissimulação de “saúde reprodutiva”. É preciso que estejamos sempre atentos e prontos para nos defendermos.


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