Quem está por trás da ampliação do aborto na Colômbia?

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Quem está por trás da ampliação do aborto na Colômbia?

O ano de 2022 mal começou e a chamada “Onda Verde” venceu mais uma batalha, na sua sanha sangrenta contra a vida dos inocentes na América Latina. Agora foi a vez da Colômbia sucumbir às pressões internacionais, dando mais um passo para a legalização completa do aborto. Após 8 horas de debate, a Corte Constitucional da Colômbia decidiu, com 5 votos a favor e 4 contra, acolher à demanda do movimento pró-aborto denominado “Causa Justa” e outras organizações, para descriminalizar a prática até 6 meses de gestação por quaisquer motivos. Até então, a lei permitia a realização nos seguintes casos: estupro, incesto, malformação fetal ou risco de vida para a gestante.

Entrando no site da organização que ingressou com a ação para ampliar o aborto na Colômbia, é possível identificar quais são as “demandantes”, ou seja, as organizações que sustentam os eventos, materiais e todos os profissionais da Causa Justa. A praxe de muitas corporações financeiras é não envolver diretamente no financiamento do lobby abortista ou nas mudanças legais, pelo contrário, sua estratégia principal consiste em distribuir recursos para organizações intermediárias que passam a estabelecer relações com outras menos conhecidas que vão trabalhando nos bastidores. Mas seguindo a estratégia do folow the Money, é possível chegar à fonte de toda esta atrocidade contra crianças inocentes.

Destacam-se especialmente duas organizações bastante conhecidas que estão entre as “demandantes” da Causa Justa, e bastaria a ligação com estas, para desmascarar que estão ligadas na sua origem, com aquela primeira estratégia de John Rockefeller III na constituição do Conselho Populacional em 1952 com vistas ao controle populacional mundial, especialmente nos países pobres. Uma das parceiras identificadas é a pseudo-católicas Pelo Direito de Decidir (CDD), uma organização criada justamente com a finalidade de disseminar uma espécie de dissenção dentro da Igreja Católica e tentar mudar a definição firme desta última, acerca da regulação artificial da natalidade, aborto e esterilização.

É possível encontrar numa pesquisa básica nas redes sociais, uma entrevista de longa duração com Frances Kissling, a fundadora da CDD, uma “ex-freira” que passou a se dedicar a movimentos feministas, recebendo uma grande soma de recursos para legalização do aborto no mundo inteiro. Esta organização quase pereceu na década de 70, mas recebendo uma soma inicial de 20 mil dólares da Fundação Ford, “decolou” no próprio dizer de Kissling [1]. No Brasil, esta organização recebeu entre 2010 e 2015, da IWHC (International Women’s Health Coalition), um montante superior a 249.496 dólares (mais de 798 mil reais), esta última, é por sua vez, financiada por vários grupos corporativos importantes como a Fundação Ford e a Open Society Foundation de George Soros. Em 2011, a Fundação Ford doou 200 mil dólares para a CDD no Brasil [2], para tentar flexibilizar o aborto através da Suprema Corte brasileira.

A segunda organização importante entre tantas que colaboraram com o aborto na Colômbia, foi o Centro de Direitos Reprodutivos, uma organização criada em 1992 para orquestrar a legalização do aborto nos tribunais dos países onde a prática não é permitida, financiada por doações milionárias das Fundações Rockefeller, McArthur, Packard, Ford, Merck e outras [3]. Essa instituição coordena uma rede de escritórios de advocacia em mais de 50 países no mundo e oferece bolsas de estudos em sua sede, para advogados, operadores do Direito e foi responsável pela legalização do aborto no Nepal em 2002.

O Centro de Direitos Reprodutivos já vinha atuando há anos em parceria com as pseudo-católicas pelo Direito de Decidir e com a Woman´s Ling Worldwide (WLW) – esta última também figura como parceira da Causa Justa em seu site – através da advogada Monica Roa, em 2005, a qual era Diretora de Gênero da (WLW) e ex-bolsista do Centro de Direitos Reprodutivos entre 2001 e 2002. Esta também postulou uma causa no Tribunal Constitucional colombiano em 2005, para a legalização completa do aborto, argumentando que os dispositivos punitivos ao aborto, supostamente ferem direitos pactuados internacionalmente, dos quais a Colômbia era signatária.

A estratégia de partir para as cortes e colocar inocentes no banco dos réus vem se tornando cada vez mais frequente, se aproveitando do ativismo judicial que desfigura a salvaguarda constitucional, a razão de ser das cortes supremas nos países. Em 1973, nos Estados Unidos foram aplicadas as mesmas regras, o que culminou na legalização do aborto naquele país fundamentando a decisão num direito que sequer existia na Constituição americana à época, o suposto “direito à privacidade”. No Brasil, em 2018, o mesmo ocorre com a absolvição pelo STF, de uma quadrilha que realizava abortos na baixada fluminense. Os juízes ratificaram a sentença evocando os chamados novos direitos, como por exemplo, os “direitos reprodutivos” e decidindo sem base científica alguma que a vida inicia somente após 12 semanas de gestação.

Uma vez que pela vida legislativa não se aprova uma lei mais favorável ao aborto, as ONGs vem trabalhando na frente judiciária, com magistrados que se arrogam o direito de se colocar acima do povo e da própria constituição, e que decidem através juristocracia e dos interesses de organizações financiadas por grandes corporações mundiais. Infelizmente, não será possível ao povo colombiano reverter a decisão no curto prazo, uma vez que a Corte Suprema é a máxima instância daquela nação. Cabe agora aos corajosos tentar revogar a sentença à médio prazo e a nós brasileiros, nos atentarmos para a iminente estratégia que também está sendo aplicada aqui.

1. http://acordaterradesantacruz.com.br/wp-content/uploads/2015/04/04-KisslingHistoriaCDD.pdf
2.https://www.estudosnacionais.com/wp-content/uploads/2018/07/FinanciadoresdaADPF442-Marlon-Derosa.pdf
3.http://acordaterradesantacruz.com.br/wp-content/uploads/2015/04/02-AssaltoEDestrui%C3%A7%C3%A3o.pdf

Juliano Antonio Rodrigues Padilha – Economista, Especialista em Finanças e Controladoria, em Orçamento Público – Coordenador do Núcleo de Estudo e Formação da Casa Pró Vida Mãe Imaculada


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