O feminismo é o câncer da humanidade?

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Recentemente, em uma palestra, uma jovem disse que havia ouvido essa frase: “O feminismo é o câncer da humanidade”. Ela me perguntou se eu concordava com a afirmação, ficando muito surpresa com a minha resposta.

Para responder a essa pergunta, precisamos primeiramente definir a qual contexto do movimento feminista estamos nos referindo.

A primeira onda de feminismo, o feminismo liberal, surgido em torno dos anos 60, buscava a igualdade de direitos civis entre homens e mulheres, com destaque para o direito ao voto e ao trabalho. Esses direitos foram assegurados e permanecem até hoje. De fato, não existe alguém, hoje em dia, que levante uma bandeira dizendo que a mulher não deve ter direito a votar, estudar ou trabalhar. Ninguém seria louco de defender um absurdo desses. Logo, a primeira manifestação do feminismo foi bem consolidada e suas conquistas não sofrem objeção.

Contudo, a segunda onda do feminismo, também chamada feminismo radical, mostrou-se um movimento muito diferente do primeiro. Surgiu ligada a movimentos revolucionários de luta de classes. O próprio Engels, em seu livro “A origem da família, da propriedade privada e do Estado” defendeu a ideia de que a origem da opressão de classes estava na opressão das mulheres pelos homens. Portanto, o fim das classes deveria começar pela eliminação da distinção sexual.

Mas não é simples assim. Para que isso fosse possível, era necessário destruir a família, o matrimônio, a maternidade. Consequentemente, seria preciso destruir também a religião, com todos os valores mais caros à nossa civilização.

As teóricas do feminismo resgataram as ideias de Engels, como é possível conferir no livro “Dialética do Sexo”, de Sulamith Firestone, em que a autora defende uma liberação sexual sem limites, incluindo incesto e pedofilia. Mais tarde, Antonio Gramsci propõe uma estratégia de consumação desse plano através da revolução cultural. Por ela, a ideologia é disseminada nas mentes através da educação e da mídia, de forma silenciosa e gradativa, e torna-se mais forte com o passar do tempo, sem que as pessoas percebam que isso foi arquitetado.

É assim que, tantos anos depois, a legalização do aborto vem sendo aprovada por lei em diversos países, as taxas de divórcios tornam-se cada vez maiores, famílias estão desestruturadas e muitas crianças crescem como adultos fragmentados e inseguros emocionalmente. Muitos destes poderão se tornar indivíduos perigosos que, ironicamente, representam potencial risco às mulheres. São esses os frutos do feminismo.

Em conclusão, tratando-se do movimento tal qual existe hoje, nascido da segunda onda, é impossível discordar: o feminismo é o câncer da humanidade.

Bruna Ciupka Morselli – Bióloga e membro do Núcleo de Estudo e Formação da Casa Pró-Vida Mãe Imaculada


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