Enem e Gênero Neutro: a nova estratégia de uma agenda a se impor

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Em tempos idos, quando a Educação brasileira estava totalmente aparelhada pelo aparato ideológico, nos mais altos escalões, as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), sempre traziam algum tema polêmico relacionado às questões de gênero, sexualidade, aborto, direitos reprodutivos, luta de classes entre outras. A ideologia de alguns grupos que se reconhecem “oprimidos” e “minoritários”, tentava a todo custo se impor em relação a maioria.

Ao mesmo tempo em que se tentava exigir um padrão nesta prova tão cara aos estudantes de todo o Brasil, por outro lado, o Poder Executivo buscava estabelecer como meta padrão aos estados e municípios o uso de termos ideológicos, através da aprovação dos planos estaduais e municipais de educação, logo após a reprovação em massa das terminologias trazidas pelo Plano Federal. Na sanha de introduzir a temática, vale até mesmo obrigar as grades universitárias, especialmente do curso de pedagogia, mas não limitada a esta, a obrigatoriedade de aprovação na disciplina de “Políticas de Gênero na Educação”. Tudo isso acabou sendo combatido, através de muitos que acordaram para a realidade.

A eleição presidencial trouxe um novo cenário com o novo chefe máximo da nação, que prometeu em campanha combater toda espécie de doutrinação na educação pública, respeitando o artigo 4 do Tratado Interamericano de Direitos Humanos, do qual o Brasil é signatário e tem força de cláusula constitucional, que prevê a educação alinhada com os princípios morais das famílias. O combate foi grande e resultou de quedas e elevações numa das pastas mais importantes da administração federal.

O ponto focal do momento é mais uma vez o Exame Nacional do Ensino Médio, não mais por polêmicas trazidas à baila nas temáticas de redação, mas sim pelo número de alunos reprovados e ao mesmo tempo insatisfeitos com as correções. Aproximadamente 87 mil alunos zeraram na redação, boa parte deles pelo uso de pronome neutro na redação. Se antes a prova nivelava os textos para trabalhar inovações fora dos padrões da linguagem, hoje, ela se constrói pelo nível da realidade e da norma.

Toda esta polêmica pode ser a pólvora necessária, para estabelecer um novo meio de imposição da agenda de gênero. De acordo com o especialista da Agenda de Gênero, George Mazza, esta questão seria o “primeiro passo para a judicialização dos reprovados e seus representantes, pedindo na Justiça o direito de usar essa invencionice em todo tipo de prova, não apenas no ENEM”. Sabe-se que o STF está totalmente alinhado com as agendas progressistas e julgam as questões todas sobre este prisma. No atual contexto, poderia surgir então ou a obrigatoriedade do uso da linguagem nos currículos escolares ou o uso dos pronomes neutros como válidos, tanto quanto à norma padrão.

A Agenda de Gênero não é algo novo, a questão fica bem clara no texto redigido por Dale O’Leary, uma ativista que participou das discussões que ensejaram a primeira vez o uso do termo “Gênero” em tratados internacionais. Conforme a mesma relata, todas as conferências da ONU sobre população e principalmente, a Conferência da Mulher em Pequim (1995), foram invadidas por ONGs financiadas por grandes corporações financeiras, na tentativa de estabelecer o uso desta linguagem a nível mundial. Muitos acreditaram que seria uma linguagem inofensiva, mas no desenrolar das reuniões, descobriu-se, ao contrário, que a questão trazia teorias já desenvolvidas pelas feministas e que visavam a destruição completa da família como núcleo formado por homem, mulher e seus filhos.

Os ideólogos não cansam de tentar inserir seus conceitos e estabelecer seus padrões destrutivos na sociedade, cabe a nós; a atenção e principalmente, a disposição para ensinar os filhos a respeito das armadilhas que se levantam contra os mesmos.

Juliano Antonio Rodrigues Padilha – Economista, Especialista em Finanças e Orçamento Público – Coordenador do Núcleo de Estudo e Formação da Casa Pró Vida Mãe Imaculada

 

 


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