AMOR, AONDE FOI PARAR?
AMOR, AONDE FOI PARAR?
Deus é amor, portanto Ele ama a todo momento a Sua criação. É um amor incondicional que não é interrompido nem mesmo quando pecamos. Deus não ama o pecado, nem poderia pois isso é fruto do mal; mas ama o pecador, pois não pode deixar de fazê-lo.
Jesus, Deus Filho, em um momento de maior demonstração de Seu amor pela humanidade, fez-se homem, assumindo a pobre natureza humana, sem deixar de manter a natureza divina, e mais, fazendo-se servo (Fl 2, 6-11).
É muito fácil falar do amor de Jesus, esta pessoa maravilhosa. O difícil é não descartar as palavras Dele que nos cobram quando assumimos posturas não condizentes com a Verdade. Pois bem, um dos aspectos que Jesus nos mostrou é que não há amor sem haver a figura do próximo, ‘objeto’ do amor. Sem isso, o amor não é verdadeiro e não passa de egoísmo, algo muito comum nos dias atuais, quando vemos um maior número cada vez maior de pessoas que pensam antes em si, se não ‘somente em si’.
Quando vemos essa onda pró-aborto que tem tomado conta da humanidade nos tempos hodiernos, a qual tem pretensões de um tsunami a invadir todos os países, nos perguntamos: aonde foi parar o amor verdadeiro?
O amor mais intenso e puro sempre foi o amor de mãe. E é precisamente aí que vemos o grande alvo de destruição desse tsunami abortista. Este movimento odioso, por não ter como objetivo defender as mulheres, mas lhes impor condutas que por fim lhe resultam em prejuízo, age na absurda negação a um dos maiores dons de Deus à sua criação: a maternidade.
Esse movimento foi iniciado há muitas décadas, num processo que ganhou força pelas mãos de líderes de instituições milionárias, cuja intenção declarada é o controle da natalidade, sempre recorrendo a eufemismos que deturpam a realidade.
– 1952, é o ano identificado como o ponto de partida (fundação do Conselho Populacional por John Rockfeller III);
– 1973, ano em que se rompeu nos EUA uma grande barreira através do julgamento ROE x WADE, quando se renunciou ao direito humano pleno reconhecendo-se apenas o direito da mulher em descartar o outro em seu ventre.
Ocorreram então diversas campanhas para se evitar a vida concebida, recorrendo-se ao uso de pílulas, DIU, esterilização e, por último, o maior dos crimes que é a prática do aborto.
O interesse de alguns poderosos (fundações Rockfeller, Ford, MacArthur, George Soros, etc), levado adiante através de sofismas midiáticos, conduz ao erro, sendo que notadamente os grupos feministas assumiram a vanguarda dessa batalha contra a vida. E aí percebemos como a forte campanha financiada por esses grupos milionários cegou tantas mulheres. Pois somente se fala que o aborto é um direito da mulher em ter uma vida sexual livre, sem o comprometimento de assumir a maternidade, consequência fundamental do ato sexual.
E mais, a cegueira imposta impede que a sociedade enxergue os graves problemas que surgem devido aos meios de contracepção. Assim, se fosse possível um debate sério para esclarecer a fundo as consequências físicas, mentais e até mesmo de ordem socioeconômicas, resultantes do que defendem estes grupos pró-aborto, a venda que cega poderia ser tirada e a verdade apareceria.
Mas exatamente por isso é que não se abre a possibilidade de debate. Há tão somente discursos exaltados que impedem o diálogo, leis impositivas não democráticas, seja no âmbito de legislação do aborto ou restrições em relação ao direito de ir e vir, além de restrição à liberdade de expressão, o que vem ocorrendo em diversos países no mundo, leis estas com a intenção de impedir as pessoas dos grupos próvida de se reunirem em locais próximos a clínicas de aborto, a se colocarem apenas em oração e à disposição para oferecer uma alternativa, jamais para impor nada.
Então deixamos a pergunta: aonde foi parar o verdeiro amor?
Pedro Luiz Gubert Brandt
Eng. Eletricista
Colaborador do Núcleo de Estudos e Formação da Casa Provida Mãe Imaculada