AS PERUCAS IDEOLÓGICAS

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Em pleno dia da mulher, eis que o Deputado Federal Nikolas Ferreira (PL/MG) sobe à tribuna para falar e não tendo a autorização da deputada Maria do Rosário (PT/RS), que preside aquela sessão, uma vez que a mesma havia determinado o uso da palavra, restrito apenas às mulheres no parlatório aquele dia, encontra uma artimanha para fazer valer sua voz. Usa uma peruca e lança mão da teoria de gênero, afirmando que se sente mulher naquele dia, para que assim pudesse expressar algumas falas.

Não se pretende neste artigo fazer uma apologia específica da atitude do deputado, mas tão somente refletir acerca do chamado “lugar de fala”, argumento tão batido pelos movimentos feministas para excluir do debate os contrários.

Certo dia, num debate que tive nas redes sociais com uma jovem favorável ao ab0rt0, após acabarem seus argumentos, ela dá o tiro de misericórdia de suas falácias afirmando que apesar de toda a discussão, meus apontamentos não tinham qualquer validade, uma vez que eu não sou mulher e que portanto, não “calço” os sapatos das mesmas, ou seja, não sofro suas angústias e opressões, e que portanto, eu não tinha o chamado “lugar de fala”.

É engraçado a incoerência dos ideólogos do ab0rt0… vejam só… Na mesma hora eu respondi que ela também não teria lugar de fala, uma vez que não é a criança ameaçada no ventre da mãe e que a maior prova disso, é que ela teve a oportunidade de nascer e poder debater comigo sobre o assunto, defendendo que outras crianças não tenham o direito de nascer como ela o teve. Após este fato, o debate acabou e algumas horas depois, todo registro da conversa foi – não para minha surpresa – apagado pela mesma.

Pode-se observar aonde essa situação de “lugar” de fala está levando as pessoas. Quantas dessas feministas apesar de serem mulheres, conhecem de fato o drama de uma gestante que passa pelo ab0rt0? Quantas delas estiveram presente numa clínica para ver como o ab0rt0 é realizado? Quantas delas sofreram de fato consequências decorrentes de complicações relacionadas a esta prática e que estão de forma inerente, ligadas ao procedimento? Quantas delas tentaram suicídio após serem pressionadas por outras feministas a uma ação tão hedionda ou ainda, tem problemas de relacionamento, se tornaram dependentes químicas e etc? Afinal, quantas dessas mulheres que sofrem após realizarem ab0rt0s contam com a ajuda destas outras e fazem acontecer a verdadeira “empatia” de se colocar na pele das que sofrem?

Vejam até onde vai essa loucura… As mesmas que defendem o lugar de “fala” em assunto relacionado às mulheres, permitem e protestam em favor de homens que dizem ser de outro gênero, a usarem os mesmos banheiros e competir em esportes exclusivos para mulheres, muitos destes homens, fracassados nos esportes masculinos, se tornam os “prodígios” do esporte e são aplaudidos por seu desempenho em torneios femininos. Que quero dizer com tudo isso? Que homens muitas vezes dispostos a defender as mulheres e seus direitos são impedidos de falar, enquanto outros homens, que dizem se sentir mulheres podem ter seu espaço no mesmo banheiro que uma mulher ou humilhando-as em competições desproporcionais à estrutura biológica das demais competidoras.

Não seriam então essas, diferentes formas de acesso ao ambiente feminino por parte de homens, consideradas também “perucas ideológicas”? E com relação às feministas? Será mesmo que podem dizer que tem “lugar de fala” enquanto viram as costas para as mulheres depois que estas ab0rtaram, e não oferecem qualquer apoio às gestantes? Ou será que lutam por políticas de maternidade e erradicação da pobreza entre as mais vulneráveis para que ao invés de ceifar a vida que carregam, possam ter seus bebês com dignidade? Será que lutam para agilidade no processo de adoção em nosso país que é um desastre, dando oportunidade àquelas que não querem levar a gestação à frente por conta de uma violência sexual, dando-lhes esta alternativa ao invés de piorar sua situação pelo ab0rt0?
Penso finalmente, que as feministas também precisarão daqui pra frente jogar fora as perucas ideológicas, descer dos saltos da soberba e calçar as sandálias da empatia para ter lugar de fala!

Juliano Antonio Rodrigues Padilha – Economista e Coordenador do Núcleo de Estudo e Formação da Casa Pró Vida Mãe Imaculad


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