As sequelas psíquicas do aborto

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Estamos no mês das mamães! São elas, as mães, que aceitam generosamente carregar seus filhos em seus ventres por longas semanas para que as crianças possam nascer saudáveis e fortes! A elas devemos todo nosso respeito e admiração. Esta não é, entretanto, regra universal. Há mulheres que, infelizmente, tratam seus filhos como inimigos e “inquilinos indesejáveis” de seus ventres, tratando essa vida nova como um tumor que deve ser retirado às pressas de seu corpo, antes que se torne grande demais e tome conta de sua vida. As sequelas desse horror não poderiam ser amenas, elas marcam física, espiritual e psiquicamente. E são essas últimas que abordaremos aqui.

É justamente por nos preocuparmos também com as mulheres que lutamos contra o aborto. A vida delas é dilacerada por uma prática vendida como “livramento”, “escolha responsável”, dentre tantas outras mentiras carregadas de eufemismos e ilusões materialistas.

A exigência de suporte psicológico para as mulheres que realizam o aborto não é à toa. Os transtornos aparecem rapidamente: 44% apresentam transtornos nervosos, 36% apresentam alterações do sono, 31% das mulheres arrependem-se da decisão e 11% tomavam remédios psicotrópicos prescritos [1].

Muitas mulheres, no entanto, recusam-se a fazer qualquer tipo de tratamento psiquiátrico. Esse comportamento pode ser visto como um mecanismo psicológico de defesa, como uma auto-repressão, e que nasce da angústia de não aceitar o ato cometido [2].

É comum as mulheres apresentarem estresse pós-traumático após o aborto, como a angústia, medo, impotência e desequilíbrio, ainda mais se o trauma é acompanhado de lesões físicas, violação sexual e morte violenta [3].

O processo de aceitação interior e assimilação do aborto é sempre traumático, especialmente quando a mulher é coagida a realizar essa prática. Ainda que o aborto seja provocado devido a um abuso sexual, a possibilidade de trauma não é excluída. O sentimento de culpa é presente em todos os casos, conscientemente ou não [4].

São diversos os estudos que apontam para as graves sequelas psíquicas que permanecem nas mulheres após a realização do aborto [5]. Os três sintomas mais comuns são:

— Hiper-exitação: isso se refere a ataques de ansiedade, irritabilidade, explosões de ira, conduta agressiva, dificuldade para concentra-se, hiper-vigilância, dificuldade para ajustar o sono.

— Intrusão: que consiste em reviver o fato traumático involuntária e inesperadamente, seguido de pensamentos sobre a criança abortada e flasbacks da experiência abortiva.

— Constrição: que consiste em paralisar os recursos emocionais ou desenvolver comportamentos que tendem a evitar os estímulos associados ao trauma.

E outras tantas, como:

— como disfunção sexual

— tentativas de suicídio

— Hábito de fumar adquirido ou reforçado

— Abuso do álcool

— Uso de drogas

— Desordens alimentares

— Abandono ou descuido dos filhos em casos em que a mulher já era mãe antes do aborto

— Divórcios e problemas crônicos de relação;

Todas as fontes utilizadas podem ser verificadas no artigo base para esta publicação:

FAITANIN, paulo. As sequelas psíquicas do aborto! AQUINATE, n°6, (2008), p. 429-434.

http://www.aquinate.com.br/wp-content/uploads/2016/11/06-sequelas-aborto.pdf

1.[Ashton,They Psychosocial Outcome of Induced Abortion, British Journal of ObÍ., 87 (1980), pp. 1115-1122].
2.[Kent,etalii, “Bereavement in Post-Abortive Women: A Clinical Report”, World Journal of Psychosynthesis (Autumn-Winter 1981), vol.13,nos.3-4].
3.[Catherine Barnard, The Long-Term Psychologica lEfects of Abortion, Portsmouth, N.H.: Institute for Pregnancy Loss, 1990].
4.Francke, The Ambivalence of Abortion. New York: Random House, 1978, pp. 84-95].
5.[Zakus, “Adolescent Abortion Option”, Social Workin Health Care, 12(4), (1987), p.87; Makhorn, “Sexual Assault & Pregnancy”, New Perspective son Human Abortion, Mall & Watts, eds., Washington,D.C.: University Publications of America, 1981]


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