“Tinha pesadelos, dia e noite com bebê”

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“Descobri que estava grávida e fiquei desesperada. Meu marido estava desempregado, só faz bico, sabe. Eu sou casada, moro de favor no mesmo terreno da minha sogra e tenho duas crianças. Não passo fome, mas dificuldade.

No desespero, como vai ser? Mais um né? Fui procurando na internet. Cheguei na casa. Não cheguei a tomar remédio, nada. Eu pesquisava na internet.

Não, não. Eu não estava me reconhecendo em falar sobre o aborto, porque eu sempre fui contra o aborto. Quando descobri que estava grávida e veio direto na minha cabeça o aborto, não tive coragem de falar para ninguém, nem para o meu marido. Na minha cabeça ia ser mais fácil fazer o aborto e ninguém ficar sabendo.

Isso foi até eu fazer minha ecografia, quando completei um mês e três dias. Me deu uma crise de choro, desespero, vi que não ia conseguir abortar. Até quando fui conversar com o pessoal da casa eu estava decidida a não fazer, mas já tinha ido até ali.

Meu marido não apoiaria o aborto. Tanto que depois que falei com as meninas da casa e elas me acalmaram, contei para ele que eu estava grávida e que queria fazer o aborto. Ele me escutou e não me julgou, mas não ia aceitar. O desespero foi mais pela realidade financeira.

Parece um anjo que apareceu na minha vida, porque eu não estava me reconhecendo,. Não conseguia mais trabalhar. Ficava tendo pesadelos, dia e noite, direto, com neném, etc. Sonhava que minha cama estava cheia de sangue.

Agora, estou conseguindo ver o lado bom que não conseguia ver. Só enxergava o lado ruim, que ia ser difícil, que não ia conseguir que ia ter que sair do serviço. Só isso. Meu marido ficou feliz, minha sogra ficou feliz. E tenho apoio dos meus patrões.

É uma sensação maravilhosa, não tem como explicar. Não esperava que meu marido ia ficar tão feliz como está. Ele não viu em momento algum o lado ruim, como eu vi. O sentimento era de desespero. Passam mil coisas na cabeça da gente. Agora estou feliz, no meu trabalho, na minha casa, estou melhor.

Deus dá um jeito pra tudo, que essa criança está vindo por algum motivo. Se abortar a gente nunca vai esquecer. Todo mundo tem o direito de viver, né.

Na internet, não é tão fácil comprar remédio, eles pedem email, isso, aquilo. Tem muitos falsificados.

Tem uma amiga minha, ela está com 42 anos, não sei se foi pelo remédio, ou pela idade. Ela tomou o remédio, e teve hemorragia durante três dias. Uma hemorragia muito forte. Achou que tinha perdido a criança, mas não. A menininha dela está com 6 anos e nasceu com probleminhas. Faz acompanhamento, com problema de visão, físico, pulmão..

Vi no site de uma feminista, alguns comentários e como ela pode ser a favor do aborto, né. As feministas, que são a favor do aborto, mas quantas meninas não são mortas (ainda em gestação) com o aborto? Há também as consequências físicas e psicológicas. Eu já sofri antes de fazer o aborto, imagine se eu tivesse feito. Teria acabado com minha vida, com certeza.

Seriam duas vidas, do meu bebê e a minha e a do meu marido, não sei como ia ser. Dá para dizer que ele é apaixonado por mim, mas não ia me perdoar. Ele também ia ficar a vida inteira com isso na cabeça, que eu tive um filho dele, como era para a criança estar agora, se era menino ou menina. Eu ia acabar com a vida do bebê, com a minha e a do meu marido.”

Testemunho concedido à Casa Pró-Vida Mãe Imaculada

Entrevista: Marcia Elizandra Faustino


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