A ALMA FEMININA E SUA NEGAÇÃO PELO MOVIMENTO FEMINISTA

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A ALMA FEMININA E SUA NEGAÇÃO PELO MOVIMENTO FEMINISTA

Vivemos um tempo de loucura, caracterizada pela inversão do senso comum e pela descrença numa psicologia moral, aspectos constantemente reforçadospelosmovimentos coletivistas. Em que pesem as tentativas ininterruptas dos grupos ideológicos, os absurdos formulados teoricamente encontram resistência na própria natureza, que evidencia o exato oposto do que defendem os movimentos.

Um exemplo claro é a distinçãoentre os sexos, que a existência mesma do homem e da mulher evidencia ser não apenas biológica, mas transcendental. ParaEdith Stein, que analisa a questão do ponto de vista aristotélico-tomista (alma enquanto forma corporis), não apenas as funções fisiológicas diferem entre homem e mulher, mas “a vida toda no corpo é diferente, a relação entre a alma e o corpo é diferente, e no âmbito da alma difere a relação entre o espírito e a sensitividade bem como a relação entre as diversas forças espirituais.” (MATHIAS; FARIAS, 2006).

Percebendo a diferença entre os sexos a partir desta análise, Edith Stein conclui com maestria pela existência de uma “alma feminina”, afirmando que:

Só quem estiver ofuscado pela paixão da luta poderá negar o fato óbvio de que o corpo e a alma da mulher foram formados para uma finalidade específica […] a mulher é destinada a ser companheira do homem e a mãe dos seres humanos. Para isso está preparado o seu corpo, e a isso corresponde igualmente sua peculiaridade psíquica. A existência dessa peculiaridade psíquica é, outra vez, um fato evidente da experiência; […] onde as forças são tão diferentes, deve haver também um tipo de alma diferente, apesar da natureza humana comum. (MATHIAS; FARIAS, 2006)

Os ensinamentos da autora se desdobram e permitem entender que esta especificidade da mulher passa necessariamente pela predisposição natural para a maternidade e para o papel de companheira, salientando que “a maternidade é uma atitude de alma, é um colocar-se completamente a serviço do outro que necessita de cuidado. Por sua vez, o ser companheira, estar ao lado do homem, não se limita à relação marital, mas é antes um dar de si, de sua feminilidade, de sua capacidade de humanização.” (STEIN, 1999, citado por MATHIAS; FARIAS, 2006)

É por isso que as tentativas de “desconstruir” uma condição inata da mulher resultam em consequências desastrosas. Ao tentar impor às mulheres o status masculino, as novas feministas alegam a todo tempo que a maternidade e o matrimônio não fazem parte das aspirações naturais de uma mulher, e que uma vida solitária e autocentrada é perfeitamente capaz de tornar felizes aquelas que querem viver assim.

Pregando que as mulheres devem ser autossuficientes e sexualmente libertas – o que implica, naturalmente, em negar as obrigações advindas da maternidade e do casamento – o movimento feminista criou uma geração de mulheres “cronicamente insatisfeitas”, que estão “entediadas com a própria liberdade sexual (apesar da insistência de que uma noite de aventura é libertadora) e desanimadas com a vida desprovida de compromisso.” (SCHLAFLY; VENKER, 2015, p. 52).

É justamente o tédio a forma primordial sob a qual se manifesta o vazio existencial. Para esclarecer o conceito, Frankl(2015, p. 70)faz menção à “neurose dominical”, que acomete as pessoas ao final de uma semana cheia de trabalho e demais afazeres. Conforme explica o autor (FRANKL, 2016, p. 17), quando se apresenta o tempo livre do domingo, não sabem o que fazer, pois estão acostumadas a fazer o que os outros fazem (conformismo) ou o que os outros querem que faça (totalitarismo).

No que se refere ao tema desenvolvido neste artigo, a frustração existencial (não realização da vontade de sentido) torna-se inescapável em razão de que o objetivo principal da mulher, para o feminismo, deve ser a “libertação”, seja das obrigações do lar, seja dos deveres maternais, ou ainda, de uma forma mais abrangente, da “libertação do homem”. É imperativo, para as feministas, que as mulheres procurem desenvolver-se de uma forma totalmente “livre” do “patriarcado”.

Não obstante, o resultado é o inverso do que propõe a ideologia; na corrida pela “autorrealização”, as mulheres influenciadas pelo movimento feminista chegam à idade adulta profissionalmente bem colocadas, financeiramente estáveis, porém questionando-se sobre o real sentido de suas vidas. Sendo verdadeiro, como explica o psicólogo,que

(…) o ser humano sempre aponta e se dirige para algo ou alguém diferente de si mesmo – seja um sentido a realizar ou outro ser humano a encontrar (…) o que se chama de autorrealização não é de modo algum um objetivo atingível, pela simples razão de que quanto mais a pessoa se esforçar, tanto mais deixará de atingi-lo. Em outras palavras, a autorrealização só é possível como um efeito colateral da autotranscendência. (FRANKL, 2008, p.135)

Assim, quando o movimento feminista aniquila dois aspectos constitutivos da natureza feminina – matrimônio e maternidade –, consegue ir contra duas características essenciais do ser humano: a responsabilidade e a capacidade de transcender.

Ao pregar, com sucesso, que a mulher não precisa de nenhum tipo de compromisso para realizar-se, e que deve buscar a todo custo a ascensão profissional (vontade de poder, conforme Adler) e a liberdade sexual (vontade de prazer, de acordo com Freud), o feminismo abafa na mulher o sentido em potencial de sua existência a ser cumprido.

 


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