Feminismo, ideologia de gênero e revolução pedagógica

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Desde o surgimento da segunda onda do movimento feminista, suas ativistas têm se esforçado em repassar a mensagem de que os sexos feminino e masculino são indissociáveis. Elas alegam que “Todas aquelas diferenças físicas, cognitivas e emocionais que você pensa que existem são meramente conceitos sociais, resultado de séculos de restrições e estereótipos impostos por uma sociedade dominada por homens.” (SCHLAFLY; VENKER, 2015, p. 67)

Nada mais falso. Estudos recentes, dentre os quais “Disforia de gênero, condições médicas e protocolos de tratamento” publicado pelo Jornal Gazeta do Povo, dão conta de evidenciar que as diferenças entre homem e mulher são determinadas biologicamente, tratando-se a sexualidade binária (XX e XY) de um princípio auto-evidente.

No mesmo estudo é ressaltado o fato de que a introdução da palavra “gênero” no vocabulário foi realizada pelas feministas ao final da década de 1960 e durante a década de 1970, justamente para afirmar que o “sexo social” de uma pessoa pode não corresponder ao “sexo biológico”, distorcendo completamente o que a biologia evidencia.

A publicação deixa claro que, até a década de 1950, o termo “gênero” fazia referência aos sexos masculino e feminino no âmbito da linguagem, mais especificamente à gramática. Utilizando-se do expediente linguístico – empregando a palavra “gênero” para as pessoas – os sexólogos redefiniram o significado do termo para que passasse a equivaler à “atuação sexual indicativa de uma identidade interna sexuada”.

Lamentando as consequências daí derivadas, o estudo conclui que é essa ideia absurda, baseada em um truque linguístico, que hoje domina a psiquiatria, a medicina e o mundo acadêmico, o que não ocorreu por acaso.

Sobre as mudanças ocorridas no sistema de ensino e suas razões ideológicas, Pascal Bernardin deixa claro que está em curso uma revolução pedagógica (BERNARDIN, 2012). Segundo demonstra o autor a partir de documentos oficiais facilmente acessíveis via internet, o objetivo da escola não é mais a formação intelectual dos estudantes, mas sim servir como instrumento para a revolução cultural apta a promover mudanças de valores e comportamentos em escala mundial.

A estratégia para provocar as mudanças mencionadas consiste basicamente em: 1) impedir a transmissão de valores familiares/tradicionais; 2) aproveitando-se do caos gerado com a falta de referencial na família, tornar imperativa a educação ética, controlada pelos Estados e pelas organizações internacionais, não pela família; e, por fim; 3) “induzir e controlar a modificação dos valores. Esquema revolucionário clássico: tese, antítese e síntese.” (BERNARDIN, 2013, p. 66).

Trata-se de retirar a função primária da escola de educar a partir de conteúdos (ensino cognitivo – como, p.ex., ciências biológicas) para colocar como fim primeiro o ensino “multidimensional e não cognitivo”, que faz referência aos mais variados aspectos da personalidade, tais quais: “ético, afetivo, social, cívico, político, estético, psicológico” (BERNARDIN, 2013, p. 86).

O referido autor fala abertamente qual o modelo eleito internacionalmente: o doutrinamento criptocomunista e globalista. A revolução pedagógica universal desenhada por países progressistas em nada perde para aquilo que pregou o patrono da educação brasileira Paulo Freire. Sua mais famosa obra, “Pedagogia do Oprimido”, insiste na premissa de que a educação não deve ser um processo neutro, mas antes um meio para atingir fins políticos, especificamente levar a cabo a revolução dos oprimidos contra seus opressores.

Não há dúvidas de que os valores definidos pelo movimento feminista entram no conjunto de ferramentas de doutrinação da referida revolução pedagógica universal. O que não se pode admitir, contudo, é que o “ensino não-cognitivo” proposto pela agenda feminista prospere sem resistência, primeiro reforçando a ideia de opressor e oprimido na relação entre homem e mulher e depois negando a diferença biológica entre os dois.

Larissa M. P. Fagundes – Orientadora Profissional e Membro do Núcleo de Estudo e Formação da Casa Pró Vida Mãe Imaculada.


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