Paraolimpíadas: uma reflexão sobre a verdadeira inclusão

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Como tradição há muitos anos, logo após as olimpíadas, o Comitê Olímpico Internacional (COI), costuma aproveitar o grande evento para atletas de grande potencial, que apesar de alguma necessidade especial, são capazes de competir com seus pares, representando seus respectivos países. O evento também é muito importante para ressaltar a questão da inclusão social das pessoas com deficiência, mas será que nosso mundo está fazendo uma justa inclusão?

Nesta questão, há duas grandes contradições presentes na atualidade. De um lado, ao mesmo tempo que os jogos paraolímpicos pretendem mostrar a superação e a garra, de muitos atletas que não deixam se abater por sua condição, por outro lado, grupos pretendem impor uma verdadeira agenda eugenista, para exterminar pessoas com deficiências. Quantas histórias já não ouvimos, de muitas mulheres que na gestação sofreram pressões por parte dos médicos ou de outras pessoas, para eliminar seus filhos ainda no ventre, quando se detecta alguma deficiência? Quantos países, destes mesmos que competem no grande evento do esporte internacional, já aderiram às políticas de eliminação dos mais frágeis.

Na Islândia, um país extremamente desenvolvido, e com os maiores índices de qualidade de vida no mundo, erradicaram-se as crianças com síndrome de down, ao permitir-se o aborto destes, quando detectada. Nos Países Baixos, já se permite que as pessoas insatisfeitas com sua qualidade física, recorram à eutanásia. Não indo muito longe, aqui no Brasil, já se permite aborto para crianças com anencefalia e se tenta promover ainda, a mesma prática para crianças com microcefalia. Será que estes não tem direito de viver? Onde está a tão falada inclusão?

Até mesmo Holywood, tenta “romantizar” a questão da eutanásia das pessoas com deficiência, com filmes de drama do tipo: “Como eu era antes de você”, o qual conta a história de um jovem muito ativo e rico, que após sofrer um acidente, fica tetraplégico, acaba se envolvendo com sua cuidadora, e apesar de tudo, não enxerga mais sentido na vida e recorre à eutanásia para “curar” sua triste existência, como se a vida humana resumisse sua felicidade a sexo, passeios, festas e romances e etc., e uma vez ausentes estes, a vida perde todo o sentido. 

A segunda grande contradição, é aquela bastante polêmica e gritante nos esportes, que se trata de uma verdadeira distorção da palavra “inclusão” propriamente dita. Nos últimos tempos, as chamadas “atletas transgêneros” vem ganhando o noticiário. Numa luta pela inclusão, homens que se consideram mulheres, são chamados a competir com outras mulheres, tudo em nome da “igualdade”. O resultado, como já era de se esperar, é catastrófico! Os transgêneros se destacam no esporte, dada sua condição genética, já que a biologia não é capaz de se dobrar a uma teoria esquizofrênica.

Por fim, deixemos uma pequena reflexão, que está rodando nas redes sociais acerca do assunto, e que mostra perfeitamente essa questão:

Fui a um restaurante com a esposa.
A atendente chega para nos atender e cumprimenta-nos com um sorriso:

– “Olá Amigues!”

– “Amigues?”, interrogo, também com um sorriso.

– “Isso mesmo, somos um restaurante inclusivo!”, respondeu ela, com orgulho.

– “Olha que bom! Isso é ótimo porque daqui pouco tempo chegará um amigo que é cego. Você tem o cardápio em Braille?”

– “Não, não temos isso.”

– “Ok, mas também espero uma amiga, que virá  com a afilhada, que é autista. Menu com pictogramas, otimizado para pessoas autistas, vocês têm?”

– “Não, desculpe…”, ela disse visivelmente nervosa.

– “Não tem problema, isso geralmente acontece.
Imagino que a linguagem de sinais para clientes surdos você deve saber certo?”

– “A verdade é que você está me encurralando”,
responde ela sorrindo de nervoso.

Ela não estava mais confortável, tímida de vergonha, um pouco de culpa e um pouco de desconforto também.

Então eu disse:

“- Não se preocupe, isso geralmente acontece.
Mas então lamento dizer que vocês não são um lugar inclusivo, vocês querem estar na moda.
Aqui, essas pessoas não conseguiriam se comunicar ou pedir para comer ou beber.

Se quer ser inclusivo, inclua todos, todos aqueles a quem o sistema não dá oportunidade.


É difícil sim, e muito, mas não devemos achar que um E, um X, ou @ no final faz de você inclusivo.


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